segunda-feira, 28 de agosto de 2017

“É meu amigo” serve como prova de inocência, Dr. Moro?


Critério de Moro serviria para prender Moro!!  A contradição do Juizeco: contra ele palavra 
de acusado não vale !

POR FERNANDO BRITO


O Dr. Sérgio Moro repreende, em nota publicada no Poder360, a jornalista Monica Bergamo por ter
usado informações de um acusado sobre possível pedido de propina dentro da Lava Jato “em uma
matéria jornalística irresponsável para denegrir-me”. E cita, como atestado da idoneidade do
advogado acusado o fato de que “ Carlos Zucoloto Jr. é meu amigo pessoal”.
Moro diz que o delator “não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas
inverídicas afirmações”
Como aconteceu com o artigo do físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite, ma famosa polêmoca do
Savonarola, Sérgio Moro se arroga ao direito de dizer o que deve ser publicado.
Embora ele divulgue áudios ilegais, como fez os da conversas ente Lula e Dilma porque “a
sociedade tem o direito de saber”.
Quando, porém, as acusações são sobre os rapazes da Lava Jato e seu amigo pessoal, a sociedade não
tem o direito de saber.
Depois do vazamento seletivo teremos a “notícia seletiva”?
O “podemos esconder, se achar melhor”.
Advogado de casos da Lava Jato diz caber 
prisão preventiva a MoroKakay sugere que juiz cometeu crime de obstrução de Justiça. A jornal, amigo de Moro é 
apontado como facilitador


Advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, que atua na defesa de investigados da Lava Jato, afirma que contato do juiz Sérgio Moro com o advogado Carlos Zucolotto Junior para dar resposta à reportagem da Folha de S.Paulo pode ser interpretado como crime de obstrução de Justiça, “com prisão preventiva decretada com certeza”.
Kakay se refere a reportagem do jornal publicada neste domingo (27.ago.2017) sobre suposta intervenção de Zucolotto em acordos de colaboração da Lava Jato.
Segundo a Folha, Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Jr. “de intermediar negociação paralela com a força-tarefa da Operação Lava Jato”.
O advogado trabalhista teria pedido 1/3 de honorários em pagamentos “por fora”para ajudar a diminuir a pena e a multa estipuladas no acordo de delação premiada.
Zucolotto é amigo pessoal de Sérgio Moro e, conforme a Folha, foi padrinho do casamento do juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba e sócio da mulher de Moro, Rosângela Wolff.
Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados ao setor de propinas da Odebrecht. Teve a prisão preventiva decretada por Moro. Foi preso na Espanha em novembro de 2016, mas hoje está em liberdade provisória. A Justiça espanhola negou pedido de extradição para o Brasil, pois o advogado tem dupla cidadania.
A reportagem da Folha afirma que encaminhou questionamentos a Moro sobre as acusações. O próprio juiz entrou em contato com Zucolotto e enviou as explicações do advogado ao jornal. Kakay aponta o fato como uma combinação de resposta, o que, diz, poderia ser interpretado como obstrução de Justiça.
Atualização [27.ago.2017 – 12h14min]: O advogado Kakay entrou em contato com o Poder360 após a publicação deste post para tentar matizar a sua declaração na qual sugeriu a prisão de Sérgio Moro.
Segundo Kakay, ele teria afirmado que caberia prisão de Moro apenas caso fosse usada a interpretação que o próprio juiz faz para esses casos. Mas que ele, Kakay, defende a presunção da inocência e é contra esse tipo de prisão preventiva.

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