quinta-feira, 3 de agosto de 2017

BANCADAS DO BOI, BALA E BÍBLIA SALVAM O LADRÃO.


Somente  15 apoiadores de Temer no Congresso receberam mais de R$ 10 milhões em 
emendas; total liberado bateu em R$ 3,1 bi.




O Centrão assumiu diretamente o poder, sem intermediários, pela primeira vez desde os mandatos de
FHC, Lula e Dilma.
Foi consequência da votação desta noite, em que Michel Temer obteve os 172 votos necessários a 
barrar a denúncia da Procuradoria Geral da Justiça contra ele no Congresso.
PSD, PP, PR, PTB, Pros, SD e PSC lideraram o bloco que salvou Michel Temer, além do PMDB.
O autor do relatório que salvou Temer foi o deputado Paulo Abi-Ackel, do PDSB mineiro, que 
pretende ser o herdeiro político de Aécio Neves.
O ex-presidente do PSDB, acusado ao lado de Temer nas delações da JBS, jogou pesado nos 
bastidores para salvar o ocupante do Planalto — e abater as acusações feitas contra ele pela PGR.
A rachadura desmoraliza os tucanos: Aécio conseguiu os votos da veterana Yeda Crusius e da novata 
Bruna Furlan a favor de Temer, mas não os de Mara Gabrilli e do pernambucano Daniel Coelho, por 
exemplo.
A sessão teve poucos momentos risíveis em comparação àqueles da votação que abriu processo de 
impeachment contra Dilma Rousseff.
O deputado Marco Feliciano, por exemplo, votou em favor do relatório argumentando que a derrota 
de Temer significaria “a volta do PT ao poder”.
O deputado Victório Galli, do PSC de Mato Grosso, votou por Temer e contra a “identidade de 
gênero” nas escolas.
O deputado Ezequiel Teixeira, do PTN do Rio, votou “contra o comunismo”.
Apoiadores de Temer tentaram ressuscitar o surrado antipetismo para defender a quadrilha que ocupa 
o Planalto.
Grande parte dos que votaram para enterrar a denúncia argumentaram pela “estabilidade 
econômica”, num momento em que o Brasil tem 14 milhões de desempregados, rombo recorde nas 
contas públicas, cortes nos direitos sociais e quebradeira generalizada.
Discursaram como se a recuperação econômica fosse um fato, desconhecendo o desejo expresso em 
pesquisas por mais de 90% dos entrevistados: o de que Temer deve ser investigado.
Segundo o jornalista Fernando Rodrigues, do Poder 360, já prevendo a vitória o Centrão articula 
lançar o ministro da Fazenda Henrique Meirelles como candidato do grupo em 2018.
Temer obteve os 172 votos necessários à rejeição da denúncia às 20h30m, com 145 votos contra e 13 
ausências àquela altura.
O placar final foi de 263 votos pró-Temer, 227 contra e 21 abstenções.
A decisão da Câmara deve aprofundar a crise econômica, política e social e colocar Temer cada vez 
mais no colo das bancadas fisiológicas que dominam o Congresso, a começar do Boi, Bala e Bíblia.

OS CANALHAS DO ESTADO DO PARÁ FORAM

José Priante (PMDB)
Elcione Barbalho (PMDB)
Simone Morgado (PMDB) 
Wladimir Costa (Solidariedade)
Beto Salame (PP), 
Éder Mauro (PSD) 
Francisco Chapadinha (PTN) 
Hélio Leite (DEM)
Josué Bengtson (PTB) 
Júlia Marinho (PSC), do 
Lúcio Vale (PR)
Nilson Pinto (PSDB) 

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