Jornal GGN - A "piora na economia" fez o governo Temer bater mais um recorde: o do aumento do número de famílias que pediram para voltar ao programa de transferência condicionada de renda criado por Lula, em 2003, o Bolsa Família.
Segundo reportagem do Valor desta segunda (31), em 2017, 143 mil famílias há retornaram ao programa e outras 525 mil estão numa fila de espera. Como o Ministério do Desenvolvimento Social garante que, mesmo com o contingenciamento, vai conseguir atender esse público, o número até o final do ano será superior ao recorde de 2015, quando quase 520 mil famílias que haviam deixado o programa tiveram de retornar por causa da crise.
Ao jornal, o secretário-executivo do MDS, Alberto Beltrame, admitiu que a piora na economia está diretamente relacionado com o pedido de torno das famílias.
"Muitos que tinham o Bolsa conseguiram, de certa forma, se emancipar, mas em função da piora da economia eles voltaram a ficar dependentes do bolsa porque perderam o emprego", disse Beltrame.
No início do mandato, o governo Temer montou uma operação para tentar reduzir a oferta e, em apenas 1 ano no poder, excluiu 2,8 milhões de famílias do programa. Só que, com o aumento do desemprego, esse corte de nada adiantou.
Beltrame afirmou que, apesar do corte de 2,8 milhões de beneficiários que teriam subdeclarado a renda, outros 2 milhões foram "reincorporados" ao programa e o desafio agora é acabar com a fila de 525 mil famílias.
O secretário declarou ainda que o orçamento do programa para 2017 - R$ 29,4 bilhões - é suficiente para cobrir esses problemas e ainda dar um reajuste de 4,6% para o beneficiáarios. Porém, para não passar "uma mensagem negativa para o mercado, diante da necessidade de corte de gastos", o governo Temer decidiu não reajustar os valores este ano.
No primeiro semestre de 2017, o governo distribuiu 781 mil bolsas, mas cancelou 1,2 milhão em contrapartida. A equipe de Temer ainda promete criar uma linha de crédito para empreendedores, como incentivo às famílias deixarem o projeto.
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