Tribunal absolve 30% dos que ele condenou
Via AbEstadão:
A absolvição do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto – acusado de corrupção passiva, lavagem de
dinheiro e associação criminosa –, nesta terça-feira, 27, pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região
(TRF-4), integra um porcentual de 30% de réus condenados pelo juiz federal Sérgio Moro que já se
livraram das penas na segunda instância.
Dos 43 casos de Moro que chegaram ao tribunal, 12 resultaram em absolvição. Em 13 processos
Dos 43 casos de Moro que chegaram ao tribunal, 12 resultaram em absolvição. Em 13 processos
houve aumento de pena; em cinco, redução; e em 13 vezes as penas foram mantidas. Ou seja, em
quase 70% dos casos as decisões do juiz titular da 13.ª Vara Federal foram reformadas pelo TRF-4 .
A corte, com sede em Porto Alegre, tem jurisdição nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
A corte, com sede em Porto Alegre, tem jurisdição nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná. Composta por três desembargadores, a 8.ª Turma Criminal é responsável por
julgar as sentenças de Moro em segunda instância. No caso de Vaccari, o tribunal informou que os
desembargadores entenderam que as provas contra o réu eram “insuficientes” e se basearam “apenas
em delações premiadas”.
Essa decisão foi a que mais repercutiu até o momento por se tratar de um tema bastante polêmico no
âmbito das investigações e sentenças proferidas na Lava Jato. “A delação não é considerada uma
prova definitiva, algo que possa ser responsável por colocar alguém na cadeia”, disse Marcelo
Figueiredo, professor de Direito Público da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-
SP). “Nesse sentido (a delação), faz parte de uma narrativa, tem de estar dentro de um contexto de
investigação. Por isso, absolver alguém que tenha sido delatado não é um problema e não causa
espanto.”
(...)
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