Do Extra
Os marqueteiros João Santana e Mônica Moura foram absolvidos nesta segunda-feira pelo juiz
Sergio Moro dos crimes de corrupção, mas condenados por 19 atos de lavagem de dinheiro. O casal
foi condenado a sete anos em regime fechado mas, como fez delação premiada, a pena será
substituída por prisão domiciliar e uso de tornozeleira eletrônica por um ano e meio. O casal vai
colocar as tornozeleiras somente após a ação transitar em julgado, para isso, basta que Ministério
Público e defesa não recorram da decisão de Moro.
— Moro acertadamente absolveu-os do crime de corrupção pela segunda vez, uma vez que os
valores recebidos foram em razão dos serviços de marketing prestados. Com relação a condenação
do crime de lavagem, as penas serão substituídas pelas previstas no acordo de delação, uma vez que
Moro reconheceu a contribuição das informações prestadas na colaboração —disse ao GLOBO
Juliano Campelo Prestes, advogado do casal de marqueteiros.
A ação é relacionada ao ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, cuja sentença foi proferida por
Moro nesta segunda-feira. Palocci foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva,
envolvendo contratos com a Odebrecht na construção das sondas entre Sete Brasil e o Estaleiro
Enseada do Paraguaçu. Ele também foi condenado por 19 crimes de lavagem de dinheiro.
Santana e Mônica já haviam sido condenados por Moro em fevereiro deste ano pelos crimes de
Santana e Mônica já haviam sido condenados por Moro em fevereiro deste ano pelos crimes de
lavagem de dinheiro em outro esquema de corrupção na Petrobras, a oito anos e quatro meses de
prisão por lavagem de dinheiro. Eles também haviam sido absolvidos por corrupção. Eles estão
recorrendo deste processo em liberdade, e não portam tornozeleiras.
Santana e Monica foram presos em fevereiro de 2016, alvo da Operação Acarajé, na 23ª fase da
Santana e Monica foram presos em fevereiro de 2016, alvo da Operação Acarajé, na 23ª fase da
Lava-Jato. O casal de marqueteiros do PT foi solto em agosto do ano passado, depois de iniciar
tentativa de delação premiada e pagar fiança de R$ 2,7 milhões. A delação foi homologada em abril
de 2017 pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
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