quinta-feira, 1 de junho de 2017

JOÃO PLENÁRIO SUSPENDE AÇÃO CONTRA INVESTIGADOS POR CORRUPÇÃO NO PARANÁ


O ministro do STF Joao Plenário concedeu habeas corpus nesta quarta-feira (31) suspendendo 
a condenação de dois réus na Operação Publicano, do Gaeco, que investiga corrupção e 
propina na Receita Estadual do Paraná, informa o jornalista Esmael Morais

Por Esmael Morais

O ministro do STF Gilmar Mendes concedeu habeas corpus nesta quarta-feira (31) suspendendo a 
condenação de dois réus na Operação Publicano, do Gaeco, que investiga corrupção e propina na 
Receita Estadual do Paraná.
Mendes acatou o argumento da defesa de que os réus A. P. J. e L. M. R. P. sofreram “coação ilegal” 
do Ministério Público do Paraná.
A. P. J. e L. M. R. P. foram condenados em dezembro de 2016 pelo juiz Juliano Nanuncio, da 3ª Vara 
Criminal de Londrina, no norte do Paraná, cada um, a um ano e três meses de reclusão mais 13 dias-
multa pelo crime de falsidade ideológica.
De acordo com o entendimento do ministro do Supremo, houve a violação de domicílio uma vez que 
provas foram obtidas em busca e apreensão em endereço diverso da autorização judicial.
O pedido de habeas corpus tramitou em segredo de justiça no STF.
Acerca da Operação Publicano
De acordo com balanço da força-tarefa da Operação Publicano, liderada pelo Gaeco, o braço policial 
do Ministério Público, o esquema de corrupção na Receita Estadual deu prejuízo de R$1,8 bilhão aos 
cofres públicos do Paraná.
Em dezembro de 2016, o juiz Juliano Nanuncio, da 3ª Vara Criminal de Londrina, condenou 42 réus 
investigados no esquema de corrupção na Receita Estadual do Paraná.
Dentre os condenados está o ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita Estadual, Márcio 
Albuquerque Lima, amigo e copiloto do governador Beto Richa (PSDB) nas corridas de 500 Milhas 
de Londrina, cuja sentença foi 97 anos de prisão.
O próprio governador Beto Richa é investigado pelo STJ desde março de 2016. Ele teria sido 
beneficiado na campanha de reeleição com dinheiro oriundo de propina da Receita Estadual, 
segundo o MP.
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