sexta-feira, 12 de maio de 2017

UM ANO DE RETROCESSOS E PERDA DE PRESTÍGIO INTERNACIONAL


O senador Roberto Requião (PMDB-PR) fez nesta quinta-feira (11), na sessão plenário, 
balanço de um ano do impeachment: destruição da soberania nacional e agressão a direitos dos 
brasileiros.


247 – Há exatamente um ano, no
dia 12 de maio de 2016, a
presidente Dilma Rousseff foi
comunicada pelo Senado Federal de
que seria temporariamente afastada
da presidência da República.
Consumava-se ali o momento mais
vergonhoso da história do Brasil: o
golpe de políticos corruptos
contra uma presidente
reconhecidamente honesta.
A conspiração, liderada pelo
senador Aécio Neves (PSDB-MG),
hoje o recordista em inquéritos na
Lava Jato, havia avançado na
Câmara, "na assembleia de
bandidos presidida por um bandido", como definiu o escritor Miguel Sousa Tavares, ao se referir a
Eduardo Cunha, hoje condenado a 15 anos de prisão, e atingia seu ponto decisivo no Senado Federal.
Um dia depois, numa sexta-feira 13, Michel Temer, definido por Antônio Carlos Magalhães como
"mordomo de filme de terror", hoje delatado por presidir a reunião em que a Odebrecht acertou uma
megapropina de US$ 40 milhões para o PMDB, tomaria posse, nomeando o ministério mais
anacrônico da história do Brasil – do qual vários personagens notórios, como Geddel Vieira Lima,
Romero Jucá e Henrique Eduardo Alves, já caíram por corrupção, e outros tantos, como Eliseu
Padilha, Moreira Franco e Aloysio Nunes, estão pendurados.
Desde então, o Brasil viveu o maior retrocesso econômico, social e institucional de sua história.
Primeiro, roubaram o seu voto e o de todos os brasileiros que foram às ruas em 2014 – e não apenas
o dos 54 milhões de brasileiros que votaram em Dilma Rousseff. Afinal, que segurança o eleitor terá
em 2018, 2022 ou 2026, se o Brasil ainda tiver eleições? O golpe mandrake de 2016 deixou claro
que a elite brasileira não tem nenhum apreço por valores democráticos.
No entanto, os cidadãos brasileiros não foram roubados apenas no voto, que é o mais elementar dos
direitos democráticos. Eles também perderam o seu emprego, sua renda e seu sustento, com a
depressão econômica de Michel Temer e com a política do "quanto pior, melhor", colocada em
marcha pela dupla Cunha-Aécio, para criar as condições para o golpe. O Brasil, que conhecera o
pleno emprego no fim do primeiro governo Dilma, saltou de 7 milhões para 14 milhões de
desempregados no maior processo de autodestruição a que uma nação já foi submetida pela sua
própria elite.
Em seguida, depois do estrago, criaram a falácia de que o mercado de trabalho só iria se recuperar
com o fim dos seus direitos trabalhistas, medida já aprovada na Câmara dos Deputados e em
tramitação no Senado. Em breve, será reforçado o argumento de que a economia brasileira não sairá
do buraco se não tomarem também a sua aposentadoria.
Se isso não bastasse, lá se foram o Minha Casa, Minha Vida, a Farmácia Popular e vários programas
sociais. Além disso, o Brasil perdeu o respeito internacional, se tornou um pária entre os vizinhos e
até mesmo o orgulho de ser brasileiro atingiu seu ponto mais baixo.
Michel Temer, que está no Palácio do Planalto, é reprovado por 92% dos brasileiros, segundo a Vox
Populi. No Datafolha, 85% querem sua saída e exigem diretas-já.
Agora responda, valeu a pena?
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