quarta-feira, 17 de maio de 2017

LEO "FAKE" PINHEIRO E OS PROCURADORES DE ARAQUE


Como um e-mail de 2012 fala de uma reportagem de 2016?  Ele falará o que for necessário 
para se livrar!

Léo Pinheiro entregou a Sérgio Moro o que a Veja chama de “provas” de que o triplex do Guarujá.
Meras anotações de audiências que teve com o ex-presidente, prova de coisa alguma.
Para “reforçar”, mostra e-mails onde surge outra questão interessante. A resposta à pergunta do
Porque entregar só agora os registros, depois de encerrada a fase probatória e marcada a data para as
alegações finais?
Afinal, Léo Pinheiro depôs a Sérgio Moro no dia 20 de abril, portanto há 21 dias. É preciso todo este 
tempo para copiar uma agenda eletrônica, ainda mais dentro dos computadores da própria OAS, 
sobre as quais não há qualquer controle de terceiros? Nas mensagens fica claro que o servidor de e-
mails é da própria empresa, não de um provedor externo, tipo Gmail, Yahoo, etc..
E se o servidor é meu, faço o que quiser com datas e conteúdos.
Ainda que tudo seja veraz, é inegavelmente impreciso. Afronta o princípio da materialidade que o 
direito penal está obrigado.
Ou estava, na era pré-Moro.
Leia, abaixo, nota da defesa de Lula:

Seja pelo conteúdo, seja pela discutível idoneidade, que será tratada por meio dos procedimentos
jurídicos adequados, os papéis juntados ontem (15/05) por Léo Pinheiro na Ação Penal nº 5046512-
94.2016.4.04.7000/PR nada provam contra o ex-Presidente Lula.
Lula não é dono do tríplex e não recebeu qualquer vantagem indevida, como se extrai dos 
depoimentos prestados por 73 testemunhas sob o compromisso de dizer a verdade. Essa unidade - 
164-A, do Condomínio Solaris - é e sempre foi de propriedade da OAS Empreendimentos, que 
também sempre exerceu os atributos inerentes à condição de dona, inclusive dando o imóvel e os 
recebíveis relativos ao imóvel em garantia em operações financeiras.
Suposto e-mail de 2012 (página 17 da suposta relação de e-mails) faz referência a uma reportagem 
do jornalista Fausto Macedo de 04/03/2016: (http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
suposta comunicação datada de 2012 fazer referência a uma reportagem publicada em março de 
2016?
O que se chama de "registro de encontros" é um papel unilateral e sem origem.
Os papéis - mesmo sem qualquer relevância para a ação - fazem parte da tentativa de Leo Pinheiro 
de agradar os procuradores em troca do destravamento de sua delação, para que ele possa obter 
benefícios.

Cristiano Zanin Martins
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