sexta-feira, 5 de maio de 2017

EX-PRESIDENTE DA FUNAI DIZ QUE O "CARNE PODRE" DE CURITIBA OSMAR SERRAGLIO É “MINISTRO DE CAUSA PRÓPRIA”


Antônio Fernandes Toninho Costa, exonerado da presidência da Fundação Nacional do Índio 
(Funai), fez críticas ao ministro da Justiça do governo Temer, Osmar Serraglio; "Não está 
sendo ministro da Justiça, porque ele está sendo ministro de uma causa própria", afirmou 
Costa; "Tenho um passado limpo e hoje é o dia mais feliz da minha vida. Saio porque sou 
honesto, não me curvei e não me curvarei para fazer o mal feito".

Jornal do Brasil - Antônio Fernandes Toninho Costa, exonerado da presidência da Fundação 
Nacional do Índio (Funai), fez críticas ao ministro da Justiça do governo Temer, Osmar Serraglio. 
"Não está sendo ministro da Justiça, porque ele está sendo ministro de uma causa própria."
"Tenho um passado limpo e hoje é o dia mais feliz da minha vida. Saio porque sou honesto, não me 
curvei e não me curvarei para fazer o mal feito", destacou em entrevista à imprensa.
A exoneração de Antônio Costa foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (5), em 
meio a conflitos entre índios da etnia Gamela e fazendeiros, no Maranhão. Ele assumiu o cargo em 
setembro do ano passado.
O órgão indigenista foi criticado recentemente pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, por uma 
lentidão na condução de processos de demarcação de terras indígenas. Na quarta-feira (3), Serraglio 
cogitou fazer um mutirão para "identificar os processos que estão muito lentos, amarrados e até 
dificultados".
Na oportunidade, o ministro foi questionado sobre uma intenção de demitir o então presidente da 
Funai. "Nós vivemos em uma coalizão. Nela, se identifica eventuais pessoas de confiança. Nós 
construímos essa coalizão por meio de uma partilha com os diversos partidos. Assim também ocorre 
com a Funai. Então não é o ministro da Justiça quem vai decidir em relação ao presidente da Funai. 
Claro que vai ser o ministro quem vai identificar a proficiência e a qualificação possível. Isso se 
houver troca de presidente."
Entre as críticas, Toninho disse que "o governo nega tudo, nega até que está passando por crise". "O
governo está na ilha da fantasia e não reconhece o sentimento do povo brasileiro", atestou.
Para ele, "o povo brasileiro precisa acordar, o povo brasileiro está anestesiado. Estamos prestes a se
instalar neste país uma ditadura que a Funai já está vivendo, uma ditadura que não permite ao
presidente da Funai executar as políticas constitucionais. Isso é muito grave".
Segundo disse ele a jornalistas, sua exoneração "é atribuída a fatores políticos". "Há uma
incompreensão por parte do Estado brasileiro de não entender o papel do presidente da Funai de
executar as políticas indígenas. Isso deve ter contrariado alguns setores", afirmou, acrescentando que
tratam-se de pessoas que "não têm nenhum compromisso com as causas indígenas."
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