Ministra e presidente do STF suspendeu liminar da Justiça Federal gaúcha, que havia vetado campanha, dizendo que a suspensão "causa mal maior que sua continuidade"
POR FERNANDO BRITO
POR FERNANDO BRITO
Horas depois de ter divulgado o “Placar da Previdência”, o AbEstadão atualizou os “votos” dos deputados. Os que eram a favor caíram de 97 para 95; os contrários, subiram em nove: de 242 para 251.
É evidente que, tratando-se de deputados que estão há meses com o projeto nas mãos, isso não se deveu ao “maior esclarecimento”, mas à percepção de que não adianta ser “bucha de canhão” de Michel Temer ou, na tradição do parlamento brasileiro, aumentar o cacife da negociação fisiológica para votar a favor.
A campanha publicitária do Governo Federal, liberada ontem pela Ministra Cármem Lúcia, depois de proibida pela Justiça de 1ª e de 2ª instâncias, visa apenas a criar um espaço de justificação, perante a opinião pública, para a barganha de vantagens com que se vai tentar obter votos na Câmara.
E, por tudo o que já foi feito e pelas informações de que se dispõe, o método para obter isso será o do puro terrorismo: dizer que, se não se aprovar as mudanças na Previdência, não haverá dinheiro para pagar os aposentados. Isto é, jogar os mais velhos, pelo medo de não receberem, contra os mais jovens (e nem tanto, até) que irão receber mais tarde, muito tarde ou mesmo nunca o direito de se aposentarem.
A crueldade é que não haverá, obvio, capacidade de demonstrar a falsidade desta ameaça.
Ainda assim, o que se vê é que já existe uma resistência mais do que considerável a este absurdo, que maior será à medida em que vai ficando distante o horizonte de 308 votos a favor da proposta temerista.
Os números são ruins para Temer, mas ele tem o governo, a mídia e – graças a Cármem Lúcia – montanhas de dinheiro público a ser despejado nos meios de comunicação para espalhar o clima de terror que se apontou.
O povo brasileiro só tem a rua.
É evidente que, tratando-se de deputados que estão há meses com o projeto nas mãos, isso não se deveu ao “maior esclarecimento”, mas à percepção de que não adianta ser “bucha de canhão” de Michel Temer ou, na tradição do parlamento brasileiro, aumentar o cacife da negociação fisiológica para votar a favor.
A campanha publicitária do Governo Federal, liberada ontem pela Ministra Cármem Lúcia, depois de proibida pela Justiça de 1ª e de 2ª instâncias, visa apenas a criar um espaço de justificação, perante a opinião pública, para a barganha de vantagens com que se vai tentar obter votos na Câmara.
E, por tudo o que já foi feito e pelas informações de que se dispõe, o método para obter isso será o do puro terrorismo: dizer que, se não se aprovar as mudanças na Previdência, não haverá dinheiro para pagar os aposentados. Isto é, jogar os mais velhos, pelo medo de não receberem, contra os mais jovens (e nem tanto, até) que irão receber mais tarde, muito tarde ou mesmo nunca o direito de se aposentarem.
A crueldade é que não haverá, obvio, capacidade de demonstrar a falsidade desta ameaça.
Ainda assim, o que se vê é que já existe uma resistência mais do que considerável a este absurdo, que maior será à medida em que vai ficando distante o horizonte de 308 votos a favor da proposta temerista.
Os números são ruins para Temer, mas ele tem o governo, a mídia e – graças a Cármem Lúcia – montanhas de dinheiro público a ser despejado nos meios de comunicação para espalhar o clima de terror que se apontou.
O povo brasileiro só tem a rua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário