GBU-43 Massive Ordnance Air Blast (MOAB), a "mãe de todas as bombas", foi lançada hoje
no Afeganistão.
Projétil é o mais potente não nuclear do arsenal norte-americano; objetivo era destruir esconderijos
subterrâneos que o EI estaria construindo no leste do país.
Os Estados Unidos, liderados pelo republicano Donald Trump, usaram nesta quinta-feira (13/04),
pela primeira vez em um conflito, sua maior bomba não-nuclear, a chamada “mãe de todas as
bombas”. Ela foi lançada contra um complexo de túneis que pertenceria ao grupo terrorista Estado
Islâmico (EI), na província de Nangarhar, no Afeganistão.
Segundo o Pentágono, o lançamento da bomba GBU-43 Massive Ordnance Air Blast (MOAB), um
gigantesco projétil de 10 toneladas, criado para destruir complexos de cavernas e túneis
subterrâneos, foi feito às 19h32 (hora local, 12h02 de Brasília). Esse tipo de ataque é normalmente
feito por uma aeronave Hércules C130.
A província de Nangarhar, no leste afegão e perto da fronteira com Paquistão, é uma região remota
do país, onde jihadistas do EI se assentaram para estender sua presença na que chamam província de
Khorasan, que faz parte do autodeclarado califado.
"O bombardeio foi pensado para minimizar o risco para as forças afegãs e americanas que realizam
operações sobre o terreno nessa área, ao mesmo tempo que maximiza a destruição de combatentes e
instalações do EI-Khorasan", explicou o Pentágono em um comunicado.
"Esta é a munição adequada para reduzir os obstáculos e manter o ritmo da ofensiva contra o EI-
"Esta é a munição adequada para reduzir os obstáculos e manter o ritmo da ofensiva contra o EI-
Khorasan", acrescentou o general John W. Nicholson, comandante das forças americanas no
Afeganistão, que afirmou que os jihadistas estariam trabalhando em defesas subterrâneas e bunkers.
O uso da "Mãe de todas as bombas", que mata com a pressão de ar que gera, indicaria que a área
estava amplamente ocupada por operativos e instalações do EI, sem evidente presença civil.
O Pentágono disse que "foram tomadas as precauções para evitar vítimas civis", apesar de o projétil,
O Pentágono disse que "foram tomadas as precauções para evitar vítimas civis", apesar de o projétil,
que é guiado ao alvo apenas durante a queda, não ser considerado de precisão. O uso da bomba
também é uma mensagem de combate clara para o EI e serve de amostra ao mundo do poderio
militar americano.
Segundo a emissora CNN, o Pentágono enviou drones de reconhecimento e está utilizando satélites
para verificar os danos e resultado do lançamento da bomba.
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