terça-feira, 18 de abril de 2017

POVO NA RUA IMPEDE O GOLPE DA REELEIÇÃO NO PARAGUAI


O Presidente do Paraguai, Horacio Cartes, disse nesta segunda-feira 17 que não se 
apresentará, "em nenhuma hipótese", como candidato à presidência da República nas eleições 
nacionais de 2018; a decisão foi anunciada depois que, no último 31 março, milhares de 
manifestantes protestaram contra a medida que permitiria a reeleição presidencial; em 
seguida, durante confrontos com a polícia, acabaram queimando o edifício do congresso.

Sputnik - O Presidente do Paraguai, Horacio Cartes, disse segunda-feira que não se apresentará, "em 
nenhuma hipótese", como candidato à presidência da República nas eleições nacionais de 2018.
"Tomei a decisão de não me apresentar, em nenhuma hipótese caso, como candidato a Presidente da 
República para o período constitucional 2018-2023", disse o presidente em sua conta na rede social 
Twitter.
​Cartes destacou que, desta forma, visa facilitar o diálogo e evitar prejudicar ainda mais as 
instituições do país após os confrontos provocados pela discussão sobre a emenda constitucional que 
permitiria a reeleição presidencial.
"Espero que este gesto de renúncia sirva para aprofundar o diálogo no sentido de fortalecimento 
institucional da República, em convivência harmoniosa entre os paraguaios", disse o presidente, que 
emitiu uma carta dirigida ao presidente da Conferência Episcopal do Paraguai, monsenhor Edmundo 
Valenzuela.
Valenzuela fez parte da mesa de diálogo que Cartes instalou para tratar a emenda constitucional.
No último 31 março, milhares de manifestantes protestaram contra a medida que permitiria a 
reeleição presidencial. Em seguida, durante confrontos com a polícia, acabaram queimando o 
edifício do congresso. Um militante foi morto após uma explosão com tiros na sede do partido 
governista também como resultado da indignação coletiva contra o projeto.
Em 2012, o então presidente paraguaio Fernando Lugo sofreu um "impeachment relâmpago" em 36 
horas e foi considerado culpado por "mau desempenho". Uma das causas alegadas pela oposição à 
época era, justamente, a tentativa de fazer passar um projeto de reeleição.
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