terça-feira, 18 de abril de 2017

PAU MANDADO DA GLOBO EM MAIS UMA ARBITRARIEDADE MESQUINHA E SORDIDA CONTRA LULA

O advogado Cristiano Zanin, que representa Lula, protestou contra a decisão do juiz Sergio 
Moro, que quer a presença do ex-presidente em todas as 87 oitivas de testemunhas arroladas 
por ele em sua defesa, no caso em que Lula é acusado de ter recebido um terreno para a 
instalação do Instituto Lula e um apartamento, vizinho ao que reside; “O juiz Sérgio Moro 
pretende, claramente, desqualificar a defesa e manter Lula em cidade diversa da qual ele 
reside para atrapalhar suas atividades políticas, deixando ainda mais evidente o lawfare”, 
aponta o advogado; segundo Zanin, presente o advogado, responsável pela defesa técnica, a 
presença do acusado nas audiências para a oitiva de testemunhas deve ser uma faculdade e não 
uma obrigação.

A decisão – mesquinha e sórdida – de Sérgio Moro de exigir que Lula esteja presente em todos as 
testemunhas de sua defesa nos processos que o onipotente juiz do Paraná o julga.
Mesmo que o juiz Moro o impeça de falar ou de perguntar, seu advogado terá o direito de falar que 
Lula estará impedido de fazê-lo diretamente.
Lula será vítima 80 vezes.
Pode pedir a palavra 80 vezes e 80 vezes a ver negada.
O despacho de Moro é explicito em sua animosidade:

“Já que este julgador terá que ouvir oitenta e sete testemunhas da Defesa de Luiz Inácio Lula da 
Silva, além de dezenas de outras, embora em menor número arroladas pelos demais acusados, fica 
consignado que será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências nas 
quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua própria Defesa, a fim prevenir a insistência 
na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas, sem 
prejuízo, por prova emprestadas”

Fica claro que a oitiva das testemunhas é um enfado burocrático que tem de ser, de má vontade, 
cumprido. E que nada importa o que elas disserem e, ainda, que Lula deverá estar”de castigo”, 
presente em cada uma das audiências, mudo, porque só seus advogados poderão falar.
Sérgio Moro resolveu deixar, bem em escala João Dória, que sua “missão” é enfrentar e destruir 
Lula, não a de julgá-lo com imparcialidade.
Imparcialidade de Moro diante de Lula?
Houvesse um Oscar de comédia trágica , seria o candidato do ano.
Moro sangra a veia da saúde de Lula.
Expõe-o como vítima de perseguição, como o homem que não pode falar e tem de enfrentar um 
adversário político em uma situação em que este pode tudo.
Como um homem a quem não podendo arranjar iates na Riviera Francesa, acharam pedalinhos num 
sítio em Atibaia e um cafofo no Guarujá, que sequer conseguem provar ser dele.
A inteligência de Sérgio Moro é limitada e repousa apenas sobre o poder desmedido que lhe deram.
Está chamando Lula para o “tête à tête”.
Tem o mando de campo, mas vai jogar o jogo do adversário..
E transmitido pela TV. 

Confira a íntegra da nota divulgada pela defesa de Lula:

Nota

A decisão proferida hoje (17/04) pela 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba nos autos da Ação 
Penal nº 5063130-17.2016.4.04.7000/PR exigindo a presença de Lula em audiências para ouvir 
testemunhas de defesa configura mais uma arbitrariedade contra o ex-Presidente, pois subverte o 
devido processo legal, transformando o direito do acusado (de defesa) em obrigação. Presente o 
advogado, responsável pela defesa técnica, a presença do acusado nas audiências para a oitiva de 
testemunhas deve ser uma faculdade e não uma obrigação.
O juiz Sérgio Moro pretende, claramente, desqualificar a defesa e manter Lula em cidade diversa da 
qual ele reside para atrapalhar suas atividades políticas, deixando ainda mais evidente o "lawfare".
A decisão também mostra que Moro adota o direito penal do inimigo em relação a Lula e age como 
"juiz que não quer perder o jogo", como foi exposto pelo renomado jurista italiano Luigi Ferrajoli em 
análise pública realizada no último dia 11/04 no Parlamento de Roma (ww.averdadedelula.com.br).
Essa decisão foi proferida na ação penal em que Lula é -indevidamente- acusado de ter recebido um 
terreno para a instalação do Instituto Lula e um apartamento, vizinho ao que reside. No entanto, as 
delações dos executivos da Odebrecht mostraram que o ex-Presidente não recebeu tais imóveis, o que 
deveria justificar a extinção da ação por meio de sua absolvição sumária.

Cristiano Zanin Martins
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