Defesa do ex-presidente Lula afirmou nesta quinta-feira, 6, que um email falso está sendo
utilizado em ação penal da Lava Jato contra Lula; segundo o advogado Cristiano Zanin
Martins, um email foi enviado às 22h17min56s do dia 3 de março do ano passado, véspera da
sua condução coercitiva do ex-presidente, para o endereço de uma colaboradora do Instituto
Lula; "O e-mail não foi lido pela colaboradora ou por qualquer outro membro do Instituto
Lula. Às 6 horas houve a apreensão do computador que recebeu a mensagem e as senhas do
provedor foram alteradas pela Polícia Federal. No entanto, esse material tem sido utilizado
para embasar providências da Receita Federal e atos de investigação do Juízo da 13ª. Vara
Federal Criminal de Curitiba, sem nenhuma verificação prévia sobre a origem e a real
intenção do emissor da mensagem"; defesa pediu que seja identificado o autor do email e o IP
de onde enviado.
247 - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 6, que um email falso está sendo utilizado em ação penal da Lava Jato contra Lula.
Segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, o email de remetente identificado como "[email protected] " foi enviado às 22h17min56s do dia 03/03/2016 para o endereço de uma colaboradora do Instituto Lula, véspera da busca e apreensão na residência do ex-Presidente, dos seus filhos, colaboradores e na sede do Instituto Lula e da sua condução coercitiva.
"O e-mail não foi lido pela colaboradora ou por qualquer outro membro do Instituto Lula. Às 6 horas houve a apreensão do computador que recebeu a mensagem e as senhas do provedor foram alteradas pela Polícia Federal. No entanto, esse material tem sido utilizado para embasar providências da Receita Federal e atos de investigação do Juízo da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba, sem nenhuma verificação prévia sobre a origem e a real intenção do emissor da mensagem", afirma Zanin.
O advogado informou que solicitou ao juiz Sérgio Moro que determine ao "Yahoo do Brasil" o fornecimento dos registros de acesso, endereços de IP de origem, horários GMT de acesso e dados cadastrais do email citado. Além disso, pede que seja determinado que o respectivo provedor de internet informe todos os dados disponíveis do usuário que utilizou o referido IP no dia 03.03.2016 às 22h 17min 56s, e que seja concedida nova oportunidade de manifestação a Lula, para os novos requerimentos cabíveis.
"A partir de tais providências e com os esclarecimentos feitos, esperamos ver superado mais um elemento de perseguição a Lula, na evidente prática de 'lawfare' do qual ele é vítima", disse Zanin.
Leia na íntegra a nota da defesa de Lula:
"Nota
E-mail autointitulado falso e com o aparente objetivo de levantar suspeitas indevidas em relação ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enviado às 22h17min56s do dia 03/03/2016 para o endereço de uma colaboradora do Instituto Lula. É importante registrar que esse dia foi véspera da busca e apreensão na residência do ex-Presidente, dos seus filhos, colaboradores e na sede do Instituto Lula e antecedeu igualmente sua condução coercitiva.
O e-mail não foi lido pela colaboradora ou por qualquer outro membro do Instituto Lula. Às 6 horas houve a apreensão do computador que recebeu a mensagem e as senhas do provedor foram alteradas pela Polícia Federal.
No entanto, esse material tem sido utilizado para embasar providências da Receita Federal e atos de investigação do Juízo da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba, sem nenhuma verificação prévia sobre a origem e a real intenção do emissor da mensagem. Diante disso, na condição de advogados de Lula, pedimos hoje (06/04) ao Juízo de Curitiba, responsável também pela apreensão do citado e-mail, providências para que, primeiramente, seja identificado o autor do encaminhamento do e-mail.
As providências requeridas foram as seguintes:
1. Seja oficiado à empresa "Yahoo do Brasil" para que forneça os registros de acesso, endereços de IP de origem, horários GMT de acesso e dados cadastrais fornecidos concernentes ao e-mail [email protected] ;
Após a resposta da empresa, requer-se:
2. Seja determinado que o respectivo provedor de internet informe todos os dados disponíveis do usuário que utilizou o referido IP no dia 03.03.2016 às 22h 17min 56s;
Após a disponibilização de tais dados, requer-se:
3. Seja dada nova oportunidade de manifestação a Lula, para os novos requerimentos cabíveis.
A partir de tais providências e com os esclarecimentos feitos, esperamos ver superado mais um elemento de perseguição a Lula, na evidente prática de "lawfare" do qual ele é vítima.
Documento para download
Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira"
Leia a petição na íntegra:
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