segunda-feira, 10 de abril de 2017

Filho de Teori não se convence de que morte do pai foi acidente


“A verdade é que se foi acidente, uma coincidência difícil, são muitas coincidências num evento 
só. Obviamente levanta muitas suspeitas”, diz o advogado Francisco Zavascki sobre a queda 
do avião que matou o ministro Teori Zavascki em janeiro deste ano; ele deu entrevista à 
jornalista Roseann Kennedy, da TV Brasil, que será exibida na noite desta segunda-feira, 10

Brasil 247 - O advogado Francisco Prehn Zavascki, filho do ex-ministro do Supremo Tribunal 
Federal Teori Zavascki, ainda não está convencido de que o acidente aéreo que matou o seu pai foi 
uma fatalidade.
Em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, da TV Brasil, Francisco Zavascki afirma que “ainda 
está em aberto se foi ou não acidente” e que “enquanto não se investigar a fundo” a dúvida vai 
continuar. Para ele, o grande legado do pai não está escrito em seus livros, nem em seus votos, mas 
em sua conduta.
Leia reportagem da EBC sobre o assunto:
O advogado Francisco Zavascki é o entrevistado desta segunda-feira, dia 10 de abril, no programa 
Conversa com Roseann Kennedy. Filho do ministro do Supremo, Teori Zavascki, ele é especialista 
em direito público e tributário. Ele aceitou dar entrevista às vésperas de completar três meses da 
morte do pai, em 19 de janeiro.
Durante a conversa, Francisco demonstra equilíbrio ao lidar com o luto, e com a espera do resultado 
das investigações sobre o acidente de avião que tirou a vida do pai: “Angustia bastante. Isso é uma 
coisa que eu sinceramente não gostaria de receber uma notícia de que não foi acidente”.
Francisco Zavascki falou pela primeira vez que a preocupação dele não é com o atraso no 
julgamento das delações, e sim das outras ações da Lava Jato que Teori já vinha acompanhando há 
dois anos. “A verdade é que se foi acidente, uma coincidência difícil, são muitas coincidências num 
evento só. Obviamente levanta muitas suspeitas. Se tinha um momento para acontecer, seria o 
melhor momento para se ter algum atraso na Lava Jato”.
Francisco foi enfático ao falar do legado do pai. “As pessoas vão demorar a se darem conta do 
grande legado que o pai deixou, porque o grande legado não está escrito nos livros dele. Não está 
escrito nos votos dele. Tá demonstrado pelas condutas dele. Talvez, vai demorar um tempo para se 
entender a forma como ele tratava a magistratura, uma missão mesmo. Ele demonstrava pela conduta 
de só falar nos autos, ser ponderado, procurar ter uma vida que se balizasse pelo trabalho dele. Um 
juiz de verdade, alguém recluso que cuidava dos processos nos processos”.
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