POR FERNANDO BRITO
Não toquei no caso dos médicos – último ano, beira da formatura, porque não? – do Espírito Santo
que se exibiram, feito os babacas que são, de calças arriadas e gestos, digamos, vulvares, nas redes
sociais. Não sou muito chegado a divulgar coisas estúpidas, que amanhã estarão sendo repetidas,
com variações, porque este grau de imbecilidade agressiva já anda mais para regra que para exceção.
Não seria, se fosse apenas uma pataquada de jovens viajando, se divertindo, que depois de umas
cervejas tirassem umas fotos pelados. Nudez não é pecado. antes é condição natural de todos.
Não há nada de moralismo em condená-los, porém. Ao contrário, moralistas são eles, que querem
Não há nada de moralismo em condená-los, porém. Ao contrário, moralistas são eles, que querem
revestir da autoridade de um jaleco branco e um estetoscópio o poder – pretenso, talvez – que estão
prestes a assumir como médicos.
Não são iconoclastas, não querem demolir símbolos, querem é estar entre eles, incapazes de ver que
Não são iconoclastas, não querem demolir símbolos, querem é estar entre eles, incapazes de ver que
por mais que sejam, serão sempre desprezíveis para o sistema que idolatram e, como acontece neste
caso, atirados ao lixo sem cerimônia.
Estes idiotas – e falo com certa piedade, porque todos temos parte nessa “descivilização” do gênero
Estes idiotas – e falo com certa piedade, porque todos temos parte nessa “descivilização” do gênero
humano – estão apenas exibindo seu poder, porque a ideia de sociedade, afinal, passou a ser a da
selva, onde tudo se abre aos fortes, poderosos e portadores de posições que lhes permitem dispor da
vida alheia: policiais, promotores, juízes, médicos, gestores públicos, executivos etc…
São os meritocratas, por canudo ou concurso, passaram à condição de seres dominantes.
Eles figuram um caso típico desta afirmação selvagem: a condição de predador.
Suas jubas são seus carros, sua fartura, seu dinheiro.
As presas são, claro, os mais fracos e vulneráveis: pobres, pretos, jovens, crianças, mulheres.
Mas e daí? O dinheiro não é deles, os diplomas não são deles, não são todos propriedade privada a
São os meritocratas, por canudo ou concurso, passaram à condição de seres dominantes.
Eles figuram um caso típico desta afirmação selvagem: a condição de predador.
Suas jubas são seus carros, sua fartura, seu dinheiro.
As presas são, claro, os mais fracos e vulneráveis: pobres, pretos, jovens, crianças, mulheres.
Mas e daí? O dinheiro não é deles, os diplomas não são deles, não são todos propriedade privada a
qual cada usa como tem e como quer?
É, assim é na selva.
Olhe em volta, olhe para o que se transformaram as instituições brasileiras e vejam como, tal como
É, assim é na selva.
Olhe em volta, olhe para o que se transformaram as instituições brasileiras e vejam como, tal como
eles infantilmente se intitularam “Pintos Nervosos” é outros, por toda a parte, cheios de suas
“insinuações explícitas” fálicas, saindo de togas, paletós, e até fantasias de gari.
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