quinta-feira, 2 de março de 2017

TEMER ANUNCIA O BRUCUTÚ ALOYSIO 300 MIL PARA O ITAMARATY

Depois do fiasco de José Serra, que brigou com países vizinhos e não conseguiu fazer com que o 
Brasil tivesse nem o respeito dos Estados Unidos, Michel Temer escolhe o senador Aloysio 
Nunes (PSDB-SP) para o Itamaraty; delatado pelas empreiteiras, Aloysio viajou aos Estados 
Unidos antes do golpe para pedir apoio à deposição da presidente eleita Dilma Rousseff; 
anúncio ocorreu após o tucano se reunir nesta tarde com Temer no Planalto

POR FERNANDO BRITO


José Serra já era uma triste figura á frente da diplomacia brasileira, personagem de um plano de 
aproximação com os Estados Unidos e com a Europa que deu chabu, respectivamente, com a eleição 
de Donald Trump e com a crise na União Europeia.
Mas o bronco Aloysio Nunes Ferreira assumir o Ministério das Relações Exteriores só não é mais 
apavorante do que a cátedra de Alexandre de Moraes no Supremo porque não durará, como aquela, 
um quarto de século.
É verdade que Nunes, embora com valores menores, é tão citado na Lava Jato quanto seu antecessor.
E igualmente a ele se iguala naquela asquerosa categoria dos que foram esquerdistas e, maduros, 
entregaram-se de corpo e alma ao antigo inimigo.
Sabujos, bajuladores, incondicionais do capital estrangeiro viram “capitães do mato” contra seu 
próprio povo, como fizeram alguns negros na escravatura.
Ambos só vêem destino para este imenso país como sendo o da submissão e o da modernização 
excludente, onde ilhas de prosperidade fruem de padrões globais de consumo e multidões fiquem 
eternamente à margem.
Mas Aloysio consegue, ante Serra, ter uma desvantagem extra.
É grosseiro, mal-educado, babugento com os que não lhe repetem as bobagens.
É a antítese do que pede a diplomacia, que jamais separa a firmeza da urbanidade, o enfrentamento 
da fidalguia na palavras e atos, a afirmação dos interesses nacionais do reconhecimento do direito de 
todos os povos.
É um brucutu diplomático com os nossos povos amigos e um cordeiro com os lobos que devoram o 
mundo.
Para quem, há poucos anos, tinha Celso Amorim como chanceler, Aloysio Nunes Ferreira é voltar ao 
Paleozóico.
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