quarta-feira, 1 de março de 2017

SEM TRANSPARENCIA, VIRA LATA PARENTE VENDE CAMPO DO PRÉ-SAL PARA GRUPO FRANCÊS


Sob o comando de Pedro Parente, a Petrobras formalizou, nesta quarta-feira 1, a venda de 
campos do pré-sal, já em operação, para o grupo francês Total; a empresa estatal, no entanto 
se nega a esclarecer como foi feita a avaliação de seus ativos; negócio envolve os campos de 
Iara e Lapa; na imprensa francesa, as operações foram retratadas como extremamente 
vantajosas para a Total; sindicatos e geólogos têm tentado anular na Justiça o feirão de 
Parente na Petrobras.

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras e a francesa Total assinaram na terça-feira contratos 
relacionados à Aliança Estratégica firmada em dezembro do ano passado, que envolvem 2,2 bilhões 
de dólares, de acordo com comunicados desta quarta-feira.
"Com as transações firmadas ontem, a Total pagará à Petrobras o valor global de 2,225 bilhões de 
dólares, composto de 1,675 bilhão de dólares à vista, pelos ativos e serviços...", disse a estatal.
O acordo também prevê uma linha de crédito que pode ser acionada pela Petrobras no valor de 400 
milhões de dólares, representando parte dos investimentos da Petrobras nos campos da área de Iara, 
além de pagamentos contingentes no valor de 150 milhões de dólares, segundo a nota.
Entre os contratos firmados na véspera está a cessão de direitos de 22,5 por cento da Petrobras para a 
Total na área da concessão denominada Iara (pré-sal), no Bloco BM-S-11.
O acordo também inclui cessão de direitos de 35 por cento da Petrobras para a Total, assim como a 
operação, na área da concessão do campo de Lapa, no Bloco BM-S-9, ficando a Petrobras com 10 
por cento. O campo de Lapa, também no pré-sal, encontra-se em fase de produção.
Além da venda de direitos nessas áreas do pré-sal, o acordo envolve compartilhamento de terminal 
de regaseificação, transferência de fatias em térmicas, entre outros negócios.
Os contratos assinados selam a Aliança Estratégica entre as duas companhias, criando ainda novas
parcerias nos segmentos de upstream (produção) e downstream (distribuição), juntamente com o
fortalecimento da cooperação tecnológica que abrange as áreas de operação, pesquisa e tecnologia.

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