Jornal GGN - É destaque na coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha desta quarta (15), que a Procuradoria Geral da República opinou pelo trancamento da ação penal em que Lula e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, são acusados de lavar R$ 1,3 milhão recebidos da OAS para custeio da manutenção do acervo presidencial.
Segundo a jornalista, o Ministério Público Federal "deu parecer favorável ao trancamento da ação penal contra Paulo Okamotto" e a decisão se estende a Lula e a Leo Pinheiro, da OAS. "O MPF endossou os argumentos do advogado Fernando Fernandes, de que os objetos são de interesse público e que portanto não seria crime o armazenamento deles ter sido pago pela OAS."
Essa denúncia específica envolvendo o Instituto Lula é um dos três eixos da ação penal em que Lula é acusado de ter recebido da OAS a posse oculta de um apartamento no Guarujá. O processo corre nas mãos do juiz Sergio Moro. Além do acervo e do triplex, Lula é acusado de ser mentor de um esquema de corrupção na Petrobras para favorecer a OAS com três contrar milionários.
Segundo o jornal O Globo, a subprocuradora Aurea Lustosa Pierre apontou que não há "vantagem indevida ou lavagem de dinheiro, uma vez que há previsão legal de pessoas físicas e privadas se interessarem na preservação da memória do Estado brasileiro." A manifestação foi feita a pedido do ministro Félix Fischer, relator do habeas corpus, e o trancamento ou não da ação deverá ser decidido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça.
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Okamotto ofereceu uma primeira defesa, segundo Bergamo, em outubro de 2016, ocasião em que explicou que o "acervo de Lula que foi mantido pela OAS tem 369 mil cartas, 9.965 livros e 15.896 discursos feitos pelo petista". A empresa Granero foi contratada para cuidar do armazenamento.
Já naquela época, o advogado Fernando Fernandes sustentou "que o acervo era de interesse público e que não houve benefício pessoal. Portanto, não teria havido corrupção nem lavagem de dinheiro."
Fernandes também disse que não tinha esperança de ter um julgamento "isento e justo" pois o processo é "uma farsa" que conta com o "apoio" de Moro. "Nossa esperança são os tribunais superiores", afirmou.
O depoimento de Lula no processo do triplex está agendado para o dia 3 de maio, em Curitiba.
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