quinta-feira, 9 de março de 2017

MTST conquista volta do Minha Casa, Minha Vida e desfaz acampamento


Ocupação do MTST na Paulista promoveu atividades culturais e políticas que contaram com a 
participação de milhares
Movimento anuncia acordo com o Ministério das Cidades para retomada das contratações de 
moradias na faixa 1 do programa, voltada aos mais pobres, e desmonta acampamento
MÍDIA NINJA

São Paulo – O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) anunciou na manhã desta quinta-
feira (9) que conseguiu compromisso do Ministério das Cidades pela retomada das contratações de 
moradia na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, que haviam sido suspensas com a chegada 
de Michel Temer ao poder, há quase um ano. O movimento ocupava a Avenida Paulista, em frente ao
escritório da Presidência da República em São Paulo, desde 15 de fevereiro. 
Segundo o MTST, o compromisso firmado ontem (8), em reunião com o ministro das Cidades
Bruno Araújo (PSDB-PE), prevê a publicação, ainda neste mês de uma nova resolução para os 
projetos e a imediata a retomada das contratações de moradias para famílias com renda mensal de até 
R$ 1,8 mil.
"O acampamento atingiu seu objetivo. Foram 22 dias de muita resistência, formação e cultura. 
Agradecemos a todas e todos que contribuíram de algum modo com esta grande luta. Aos que 
doaram alimentos, colchões, roupas. Aos que se apresentaram na tenda cultural, compartilhando seu 
conhecimento ou sua arte. A todos os movimentos, sindicatos e ativistas que foram solidários e 
passaram, em algum momento, por lá", afirmou o movimento, em nota.
No vácuo
O prefeito João Doria (PSDB) tentou se aproveitar da vitória do movimento, afirmando que o MTST 
"aceitou deixar as calçadas da Paulista" após sua solicitação, e divulgou fotos com um "antes e 
depois" da região ocupada.
Já o movimento promete manter-se em mobilização permanente: "O MTST sabe que ganhamos uma 
batalha, mas estamos em meio a uma dura guerra. Por isso, nossa luta não pára por aqui. Seguiremos 
nas ruas contra todos os ataques a direitos realizados pelo governo Temer e em luta pela democracia. 
Ontem não dissemos 'adeus' à Paulista, mas só um 'até logo'. No dia 15 tomaremos novamente esta 
avenida, com milhares de sem-teto, no dia de lutas contra a reforma da Previdência. Assim também 
em todo o Brasil, nas mobilizações unitárias do movimento social".
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