quarta-feira, 29 de março de 2017

MINEIRINHO LEVOU A VALE



Enquanto o PMDB mineiro luta pela matéria-prima do suposto Ministério do Saneamento, Aécio 
Neves, o Mineirinho da Odebrecht,  levou a Vale do Rio Doce.
A constatação é do insuspeito Lauro Jardim, em O Globo.
Oficialmente, o novo presidente da Vale, Fábio Schvartsman, foi escolhido por meio de um processo 
conduzido pela Spencer Stuart, contratada pelos acionistas da empresa para encontrar o comandante 
ideal para suceder Murilo Ferreira.
Na vida real, não foi bem assim. Passou intensamente pela política. Embora, no final das contas, o 
nome escolhido tenha agradado em cheio ao mercado.
A escolha foi feita numa triangulação da qual participaram os acionistas principais (Bradesco à 
frente), Michel Temer e Aécio Neves.
De acordo com um acionista que participou ativamente do processo, há cerca de três meses, quando 
o governo definiu que o contrato de Murilo Ferreira não deveria ser renovado, Temer teve uma 
conversa com Aécio Neves.
Ali, ficou acordado que Aécio procuraria um nome de mercado, um executivo de peso com atuação 
relevante numa grande empresa.
Durante todo o tempo, Aécio conversava também com Paulo Rogério Caffarelli, presidente do Banco 
do Brasil, e Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco. Os três afinavam os nomes.
Depois de consultas que duraram semanas, nas quais ouviu como conselheiros nomes como Arminio 
Fraga, Aécio chegou ao nome de Fabio Schvartsman, o bem reputado presidente da Klabin.
As conversas, ao longo deste tempo, claro, devem ter versado sobre cuidados ambientais, perspetivas 
do mercado de commodities minerais, apoio às comunidades próximas às áreas de mineração.
TaLcomo há um mês e meio se dizia aqui.
Em momento algum devem ter sido discutidos apoios eleitorais, dinheiro para a campanha, caixa 1, 
caixa 2, caixa três.
Aécio, o mais citado nas delações da Odebrecht, é um amor de pessoa.
_________________________________________________

Nenhum comentário: