É a blindagem dos R$ 100 milhões das obras do Cerra
No Blog do Kennedy Alencar: Delação de Assad deveria resultar em filhote paulista da Lava
Há interesse público cristalino numa delação do empresário Adir Assad, que está preso em Curitiba sob acusação de lavar dinheiro para empreiteiras. Segundo reportagem de ontem do “Estado de S.Paulo”, Assad tenta negociar uma colaboração na qual contaria que repassou R$ 100 milhões a Paulo Vieira da Costa, ex-diretor da Dersa e suspeito de ser operador de campanhas eleitorais do PSDB.
A importância dessa eventual delação reside na possibilidade de dar início a uma investigação sobre a atuação de empreiteiras no Estado de São Paulo, onde teriam utilizado o mesmo modelo aplicado na Petrobras. Ou seja, um percentual de contratos em obras públicas seria destinado a financiar campanhas políticas do PSDB e aliados.
Nos últimos anos, acusações de corrupção nos governos tucanos em São Paulo nunca avançaram como aconteceu em relação à apuração de desvios nos governos federais do PT. A Lava Jato está diante de ótima oportunidade de mostrar que não utiliza dois pesos e duas medidas.
Há uma informação na reportagem que dá conta de que o Ministério Público Federal não teria tido muito interesse em fechar o acordo de colaboração com Assad. Ora, merece ser levada adiante uma delação que pode apontar desvios de R$ 100 milhões na administração de José Serra no governo de São Paulo.
Investigadores da Lava Jato costumam dizer que há dificuldade para investigar corrupção nos Estados devido à competência para apurar os eventuais delitos. Ou seja, ela seria dos Ministérios Públicos estaduais.
Mas a Operação Calicute, que investiga o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), é feita pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. A Calicute está sob os cuidados de um juiz federal, Marcelo Bretas. A eventual delação de Adir Assad poderia resultar em outra operação filhote da Lava Jato, permitindo ao Ministério Público Federal paulista, por exemplo, investigar como as empreiteiras agiam em grandes obras estaduais. Há óbvia conexão entre a corrupção na Petrobras e nos Estados.
Paulo Vieira da Costa, ex-diretor da Dersa, é um personagem conhecido dos bastidores da política. Em 2010, disse que o PSDB não deveria abandonar um amigo ferido na beira da estrada. Na época, soou como chantagem em relação a políticos tucanos.
É ingenuidade achar que as empreiteiras montaram um esquema de corrupção apenas na Petrobras. O caso de Sérgio Cabral no Rio de Janeiro mostra que há uma estrada a ser trilhada pelo Ministério Público em relação a outros Estados, como São Paulo.
A importância dessa eventual delação reside na possibilidade de dar início a uma investigação sobre a atuação de empreiteiras no Estado de São Paulo, onde teriam utilizado o mesmo modelo aplicado na Petrobras. Ou seja, um percentual de contratos em obras públicas seria destinado a financiar campanhas políticas do PSDB e aliados.
Nos últimos anos, acusações de corrupção nos governos tucanos em São Paulo nunca avançaram como aconteceu em relação à apuração de desvios nos governos federais do PT. A Lava Jato está diante de ótima oportunidade de mostrar que não utiliza dois pesos e duas medidas.
Há uma informação na reportagem que dá conta de que o Ministério Público Federal não teria tido muito interesse em fechar o acordo de colaboração com Assad. Ora, merece ser levada adiante uma delação que pode apontar desvios de R$ 100 milhões na administração de José Serra no governo de São Paulo.
Investigadores da Lava Jato costumam dizer que há dificuldade para investigar corrupção nos Estados devido à competência para apurar os eventuais delitos. Ou seja, ela seria dos Ministérios Públicos estaduais.
Mas a Operação Calicute, que investiga o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), é feita pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. A Calicute está sob os cuidados de um juiz federal, Marcelo Bretas. A eventual delação de Adir Assad poderia resultar em outra operação filhote da Lava Jato, permitindo ao Ministério Público Federal paulista, por exemplo, investigar como as empreiteiras agiam em grandes obras estaduais. Há óbvia conexão entre a corrupção na Petrobras e nos Estados.
Paulo Vieira da Costa, ex-diretor da Dersa, é um personagem conhecido dos bastidores da política. Em 2010, disse que o PSDB não deveria abandonar um amigo ferido na beira da estrada. Na época, soou como chantagem em relação a políticos tucanos.
É ingenuidade achar que as empreiteiras montaram um esquema de corrupção apenas na Petrobras. O caso de Sérgio Cabral no Rio de Janeiro mostra que há uma estrada a ser trilhada pelo Ministério Público em relação a outros Estados, como São Paulo.
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