terça-feira, 14 de março de 2017

ESCOLTADO PELA MILITÂNCIA, LULA DEPÕE HOJE EM BRASÍLIA


Lula solicitou que o depoimento fosse prestado por meio de videoconferência, a partir de São 
Bernardo do Campo, mas teve o pedido negado pelo juiz.

O depoimento do ex-presidente Lula à Justiça Federal, na manhã desta terça-feira em Brasília, 
deve ser acompanhado de perto por seus apoiadores; a militância petista é aguardada nos 
arredores do edifício; a expectativa em torno do depoimento de Lula é excepcional; a audiência 
vai até provocar mudanças no trânsito no entorno do prédio da Justiça Federal em Brasília; 
desde o início da manhã, a W2 Norte (na extensão Pão de Açúcar – Justiça Federal – até a 
Harley Davidson) estará interditada para o tráfego de veículos

 
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva presta depoimento hoje (14) perante o juiz Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, na ação em que é acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
 
A defesa do ex-presidente confirmou sua presença na Justiça Federal, em Brasília, às 10h desta terça-feira. Lula solicitou que o depoimento fosse prestado por meio de videoconferência, a partir de São Bernardo do Campo, onde mora, mas teve o pedido negado pelo juiz.  
Como essa ação penal é pública, o depoimento não é fechado, mas a Justiça Federal do Distrito Federal (DF) resolveu montar um esquema especial para o depoimento de Lula, com maior rigor no controle de entrada ao prédio.
 
A Polícia Militar do DF decidiu interditar a rua adjacente ao tribunal. A Justiça Federal informou que a medida é para garantir a segurança e evitar manifestações a favor ou contrárias a Lula, muito próximas ao prédio.
 
Na ação em que irá depor, Lula é réu juntamente com o pecuarista José Carlos Bumlai, o banqueiro André Esteves, o ex-senador Delcídio do Amaral e mais três pessoas, todos acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, para que ele não firmasse acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.
 
A denúncia, a primeira em que Lula se tornou réu na Lava Jato, foi aceita em julho do ano passado. Todos os réus negam as acusações.
 
Em novembro de 2015, Delcídio do Amaral foi preso quando era líder do governo de Dilma Rousseff no Congresso, após ser gravado em seu gabinete por Bernardo Cerveró, filho de Nestor. No áudio, o então senador sugere um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras, que iria para o exterior passando pelo Paraguai.
 
Na gravação, Delcídio oferece ajuda de R$ 50 mil à família de Cerveró. Para o MPF, o objetivo era impedir que o ex-diretor descrevesse a atuação do então senador, bem como de Lula, André Esteves e Bumlai, no esquema de corrupção na Petrobras.

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