sábado, 11 de março de 2017

EM MAIS UMA DEMONSTRAÇÃO DE IDIOTICE JURÍDICA MORO DETERMINA: O QUE NÂO É CONTRA LULA É PROPAGANDA POLITICA


Pergunta a Meirelles foi indeferida porque resposta seria “opinião” e não “fato”

Por : Kiko Nogueira

Sergio Moro cruzou o Rubicão em sua cruzada contra Lula e se vê numa posição cada vez mais
complicada para provar sua tese a qualquer custo — inclusive da própria missão que se auto 
outorgou, a de destruir sua nêmesis barbuda.
O juiz paranaense agora determina o que é “propaganda política” em seu processo, como se o que ele 
mesmo produzisse, com a reverberação da mídia, fosse algo de natureza diferente.
O critério, evidentemente subjetivo, é um só: se for contra Lula, ok. Se não, está vetado. É pós-
kafkiano.
A pergunta do advogado Cristiano Zanin Martins ao ministro da Fazenda Henrique Meirelles, ex-
presidente do BC na gestão lulista, é absolutamente legítima. Você vê a partir do minuto 11:00 acima.
Na audiência, Martins inquiriu o depoente se achava que o governo Lula “Lula trouxe benefícios ao 
País e não foi um governo que tenha buscado benefícios pessoais para os governantes e pessoas do 
alto escalão”.
Moro indeferiu a questão.
“A impressão é que a defesa está fazendo propaganda política do governo anterior. Isso não é 
apropriado”, afirmou. Para o magistrado, a resposta seria uma “opinião” e não um “fato”.
Ora, quem começou essa confusão entre uma coisa e outra foram Sergio Moro e os herois da Lava 
Jato.
Meirelles já havia contado que nunca vira “algo ilícito” e que sua relação com Lula “era totalmente 
focada em assuntos relativos ao Banco Central e à política econômica”.
Ou seja, Moro se antecipou.
Se foi assim com Meirelles, como será com as próximas testemunhas? Haverá um manual?
A defesa arrolou os nomes de Fernando Henrique Cardoso, Stefan Löfven (ex-premiê da Suécia), 
François Hollande e Nicolas Sarkozy.
Eles também serão impedidos de falar o que Sérgio Moro não quer ouvir?
O que o país está assistindo não tem mais nada a ver com Justiça, mas Moro vai prosseguir até ser 
avisado por seus patrocinadores de que bateu no muro. Isso não é propaganda política.
É fato.
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