sexta-feira, 31 de março de 2017

DAMOUS: MORO PARTICIPOU DE LABORATÓRIO DE INTERPRETAÇÃO COM MARCELO SERRADO?


Deputados criticam atuação de Moro, que se nega a responder 
perguntas “ofensivas”


Durante sua participação na audiência pública na Câmara sobre mudanças no Código de Processo Penal, nesta quinta-feira, 30, o juiz Sérgio Moro foi questionado por deputados do PT a respeito de decisões que adota na condução dos processos relativos à Operação Lava Jato; o deputado Zé Geraldo (PT-PA), chegou a ter a palavra cortada ao acusar Moro de abuso de autoridade; "Ninguém cometeu mais abusos de autoridades que você", afirmou; houve 
questionamentos também dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ); Moro se negou a responder as perguntas, que considerou "ofensivas"

Agência Câmara - O juiz Sergio Moro participou nesta quinta-feira, 30, de audiência pública da 
comissão especial que analisa mudanças no Código de Processo Penal (PL 8045/10).
Durante o depoimento, Moro foi questionado por deputados do PT a respeito de decisões que adota na condução dos processos relativos à Operação Lava Jato.
O presidente da comissão especial, deputado Danilo Forte (PSB-CE), chegou a cortar a palavra do deputado Zé Geraldo (PT-PA), que acusou Moro de abuso de autoridade. "Ninguém cometeu mais abusos de autoridades que você", afirmou Zé Geraldo, dirigindo-se a Moro. Assista acima.
Os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) questionaram atitudes e decisões de Moro relativas aos processos da Operação Lava Jato, que correm na Justiça Federal de Curitiba (PR).
Paulo Teixeira indagou o juiz a respeito do vazamento de interceptação telefônica de conversa entre a então presidente da República Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes da votação do processo da abertura do processo de impeachment de Dilma, na Câmara. "Vossa excelência quebrou o sigilo telefônico da presidente Dilma e foi repreendido pelo ministro Teori Zavascki [do Supremo Tribunal Federal]. No contexto de um golpe parlamentar, vossa excelência queria derrubar a presidente Dilma?"
"Por que vossa excelência pediu desculpas ao Supremo no caso da interceptação da ex-presidente Dilma?", perguntou Wadih Damous, que criticou os métodos e as decisões de Moro. "Em função do que acontece no Paraná, não sei se estou ensinando corretamente aos meus alunos de Direito. O que se percebe hoje é um laboratório punitivista, em que os fundamentos do estado democrático de Direito estão sendo pulverizados", destacou o parlamentar do PT.
Moro negou que pratica o que alguns críticos chamam de ativismo judicial – quando o juiz participa ativamente da fase pré-processual, de investigação. "No caso da Lava Jato, minha posição como juiz é totalmente passiva. Eu aprecio pedido das partes, mas muitas vezes o cumprimento imparcial da lei é compreendido como ativismo", declarou.
Moro não quis responder perguntas que considerou ofensivas feitas durante o depoimento. "Não me cabe aqui ficar respondendo a parlamentares que fizeram perguntas ofensivas. Peço escusas, mas não vou responder", disse.

Aqui pode cada palavra dele através de imagens do fotografo Lula Marques






Nenhum comentário: