Roberto Freire, ministro da Cultura, tentou, insistiu, retrucou, bateu boca, mas não conseguiu
concluir seu discurso na entrega do Prêmio Camões, cerimônia realizada na manhã desta sexta-feira
17 em São Paulo.
Aos gritos de “Fora, Temer” e “governo golpista”, a plateia reunida para homenagear o escritor
Raduan Nassar, vencedor da premiação, reagiu ao pronunciamento do ministro e várias vezes o
interrompeu com vaias. Assista.
Roberto Freire é duplamente intruso. Primeiro, como Ministro da Cultura de um governo
ilegítimo. Segundo, como porta-voz oficial em um evento de cultura, um político tosco
entrando em águas que nunca frequentou..
Certa vez, o Jornalismo Wando – perfil gozador do Twitter - mandou uma saudação a
Roberto Freire:
ilegítimo. Segundo, como porta-voz oficial em um evento de cultura, um político tosco
entrando em águas que nunca frequentou..
Certa vez, o Jornalismo Wando – perfil gozador do Twitter - mandou uma saudação a
Roberto Freire:
Cultura.
É o governo de Macunaíma: o mais truculento dos políticos, José Serra, torna-se o
comandante de diplomacia; o mais deslustrado dos políticos brasileiros, Freire, o
Roberto, torna-se Ministro da Cultura; Mendonça Neto, que não aprendeu a declinar o
verno haver, torna-se Ministro da Educação, com a assessoria luxuosa de Alexandre
Frota; e o marido de dona Marcela, o presidente.
A incapacidade de entender, nem se diga a ironia, mas a gozação escarrada, sempre foi uma característica de Freire, o Roberto.
Seu estilo sempre foi o do jagunço político, do qual seu guru José Serra é o líder
inconteste. É o político incapaz de qualquer pensamento mais elaborado. Em qualquer
discussão, só consegue digladiar criando a figura hipotética do “inimigo”, de maneira a
desqualificar antecipadamente o oponente, sabendo que não terá nível para rebater
argumentos de quem quer que seja.
É o primarismo político, a força cega, a política da República Velha, o ranço vingador de
Exu, do sertão pernambucano, na antessala da civilização. Dia desses, um conhecido
explicava a virulência de políticos a jornalistas pernambucanos como uma característica
cultural. Duvide-o-dó. É característica de quem jamais conseguiu se destacar pela
inteligência dos argumentos. Acomete Serra da Mooca e Freire de Pernambuco, Aloysio
de São José do Rio Preto e Anibal do Amapá.
Dentro todos, nenhum se iguala no primarismo a Roberto Freire. Os demais são capazes
de intercalar truculências desmedidas com alguma forma de raciocínio elaborado. Freire
é esgoto permanente.
O escritor Raduan Nasser exprimiu sua opinião com propriedade. Nem que tivesse
cometido impropriedades. Assim como outros ícones da cultura brasileiro, como
Suassuna, o próprio Freire, o Gilberto, Raduan está acima do bem e do mal.
No entanto, despertou a petulância de um pigmeu intelectual como Freire, que rebateu
com o único bordão de que se vale nas suas pendengas: é coisa do petismo. Reduziu a
obra referencial de Raduan a um mote, o petismo. É esse o truque. Em qualquer
discussão, invoque o único argumento para o qual você conseguiu desenvolver
respostas. E o único referencial intelectual de Freire, o Roberto, é o antipetismo.
Pessoas, como ele, que só conseguiram um tubo de oxigênio político através do golpe,
tornaram-se especialistas em invocar seu passado político para se comprovar
democrata.
Freire passou em branco pela ditadura, mas não incólume: herdou daqueles tempos, a
truculência desmedida e o ranço de se considerar o dono do Estado, a ponto de cobrar
de Raduan a devolução de um prêmio, como se fosse uma doação da camarilha de
Temer.
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Seu estilo sempre foi o do jagunço político, do qual seu guru José Serra é o líder
inconteste. É o político incapaz de qualquer pensamento mais elaborado. Em qualquer
discussão, só consegue digladiar criando a figura hipotética do “inimigo”, de maneira a
desqualificar antecipadamente o oponente, sabendo que não terá nível para rebater
argumentos de quem quer que seja.
É o primarismo político, a força cega, a política da República Velha, o ranço vingador de
Exu, do sertão pernambucano, na antessala da civilização. Dia desses, um conhecido
explicava a virulência de políticos a jornalistas pernambucanos como uma característica
cultural. Duvide-o-dó. É característica de quem jamais conseguiu se destacar pela
inteligência dos argumentos. Acomete Serra da Mooca e Freire de Pernambuco, Aloysio
de São José do Rio Preto e Anibal do Amapá.
Dentro todos, nenhum se iguala no primarismo a Roberto Freire. Os demais são capazes
de intercalar truculências desmedidas com alguma forma de raciocínio elaborado. Freire
é esgoto permanente.
O escritor Raduan Nasser exprimiu sua opinião com propriedade. Nem que tivesse
cometido impropriedades. Assim como outros ícones da cultura brasileiro, como
Suassuna, o próprio Freire, o Gilberto, Raduan está acima do bem e do mal.
No entanto, despertou a petulância de um pigmeu intelectual como Freire, que rebateu
com o único bordão de que se vale nas suas pendengas: é coisa do petismo. Reduziu a
obra referencial de Raduan a um mote, o petismo. É esse o truque. Em qualquer
discussão, invoque o único argumento para o qual você conseguiu desenvolver
respostas. E o único referencial intelectual de Freire, o Roberto, é o antipetismo.
Pessoas, como ele, que só conseguiram um tubo de oxigênio político através do golpe,
tornaram-se especialistas em invocar seu passado político para se comprovar
democrata.
Freire passou em branco pela ditadura, mas não incólume: herdou daqueles tempos, a
truculência desmedida e o ranço de se considerar o dono do Estado, a ponto de cobrar
de Raduan a devolução de um prêmio, como se fosse uma doação da camarilha de
Temer.
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