65 pessoas já prestaram depoimento e não há prova contra
Lula na ação do triplex.
Sobram as "convicções"...
65 testemunhas já foram ouvidas na ação penal que trata do chamado “triplex” do Guarujá e não há
confirmação de um único fato que possa vincular o nome do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
a desvio de valores relativos aos 3 contratos da Petrobras indicados pela denúncia ou à propriedade
desse apartamento. Esse é o cenário que se verifica hoje (21/02) após nova audiência realizada na 13ª
Vara Federal de Curitiba para a coleta de novos depoimentos.
Da rodada de hoje, destacamos o depoimento de Valmir Moraes da Silva, Tenente do Exército
Brasileiro e chefe da equipe de apoio institucional do ex-Presidente Lula. Ele declarou ser
responsável pela organização e acompanhamento de todos os deslocamentos de Lula e, nesta função,
esteve uma única vez com o ex-Presidente no Edifício Solaris, no Guarujá, quando ele foi conhecer o
imóvel a fim de verificar eventual interesse na compra.
Moraes tratou como absolutamente normal, na rotina do ex-Presidente, o imóvel ter sido mostrado
Moraes tratou como absolutamente normal, na rotina do ex-Presidente, o imóvel ter sido mostrado
por um diretor da OAS. Lula seria, segundo ele, sempre recebido por pessoas da alta direção nas
instituições visitadas. Esclareceu que, no trajeto de volta do Guarujá, o ex-Presidente comentou
sobre a impossibilidade de frequentar aquele imóvel e que, por força dessa constatação, iria sugerir a
D. Marisa pedir a devolução do valor por ela investido na compra da cota, em 2005, quando o
empreendimento era gerido pela Bancoop.
O servidor ainda afirmou que aquela foi a primeira e única vez que Lula esteve no Edifício Solaris, o
que pode ser provado pelo fato de não haver qualquer registro de diária relativa a esse local na
Presidência da República, como ocorre sempre que é feito deslocamento, especialmente se houver
pernoite. Apenas D. Marisa retornou ao local, uma única vez, acompanhada por outro membro da
equipe do depoente. Moraes disse jamais ter ouvido qualquer outra referência ao imóvel e tampouco
realizou qualquer procedimento de segurança no local, como ocorre em todos os lugares
frequentados pelo ex-Presidente.
Silvio Pettengill Neto, que era advogado da Petrobras em 2007, e atualmente é Procurador da
República, confirmou que emitiu parecer jurídico à época opinando pela legalidade da contratação
direta, sem licitação, relativa a um dos contratos citados na denuncia. Esclareceu que jamais sofreu
qualquer interferência para emitir esse posicionamento jurídico e que jamais foi questionado por esse
ato por qualquer dos órgãos de controle interno ou externo da Petrobras. Também não tem
conhecimento de qualquer apuração de desvio de valores ou pagamento de propina identificado por
esses mesmos órgãos de controle, que tinham essa função na companhia.
Mais uma vez os depoimentos colhidos mostraram que a acusação contra Lula é frívola, sem
materialidade, baseada apenas em suposições e no intuito de criar embaraços indevidos às atividades
políticas do ex-Presidente.
Cristiano Zanin Martins
Cristiano Zanin Martins
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