Atendendo a “pedidos da imprensa” e “diante do contexto, com humildade”, o Juiz Sérgio Moro não
perde a oportunidade de exercer o papel com que vem se acostumando, habitualmente, no âmbito da
Operação Lava Jato, devido a um STF constantemente pressionado por uma opinião pública
manipulada e fascista – o de rabo abanando o cachorro.
Em gesto que ilustra o surrealismo e a total inversão da lógica, posturas e costumes que assola o
Em gesto que ilustra o surrealismo e a total inversão da lógica, posturas e costumes que assola o
Judiciário nacional, nosso mais célebre juiz de primeira instância fez questão de emitir “nota” a
propósito da indicação do Ministro Edson Fachin como relator, na Suprema Corte, da Operação
Lava-Jato, avalizando assim, claramente, a escolha da autoridade a quem ele, como magistrado, terá
que se subordinar e reportar daqui para frente.
Cara de pau para ninguém botar defeito, que passaria em brancas nuvens, diante da expressão de
paisagem e da abjeta cumplicidade da maior parte da imprensa, se não fosse tão escandalosa que até
mesmo certos expoentes da direita midiática mais empedernida e conservadora resolveram tocar no
assunto.
Ms, prezado Mauro, Moro não é o juiz supremo do Brasil?
Li hoje que o Sr. Sérgio Moro, juiz federal de piso no Estado do Paraná, fez distribuir nota com um elogio público do sorteio do Ministro Edson Fachin para a relatoria dos feitos relacionados com a chamada "Operação Lava-Jato". Eis o teor da nota, chocante pelo estilo burocrático e canhestro, indigno de um magistrado e surpreendente num professor com doutorado:
"Diante do sorteio do eminente Ministro Edson Fachin como Relator dos processos no Supremo Tribunal Federal da assim chamada Operação Lava Jato e diante de solicitações da imprensa para manifestação, tomo a liberdade, diante do contexto e com humildade, de expressar que o Ministro Edson Fachin é um jurista de elevada qualidade e, como magistrado, tem se destacado por sua atuação eficiente e independente. Curitiba, 02 de fevereiro de 2017. Sérgio Fernando Moro, Juiz Federal”.
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