quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Moro nega pedido de Lula e audiência coincide com missa de Marisa


 
Jornal GGN - O juiz Sérgio Moro negou um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para adiar as audiências marcadas nos próximos 15 dias, diante do luto e procedimentos do réu com o falecimento da ex-primeira-dama, Marisa Letícia. O juiz do Paraná negou, e a primeira audiência de instrução ocorrerá amanhã (09), data da missa de sétimo dia de dona Marisa.
 
Os advogados Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins, José Roberto Batochio e Juarez Cirino dos Santos entraram com o pedido nesta terça-feira (07). Justificaram que Lula não consegue encontrar-se ou manter contato com sua defesa técnica, diante dos trâmites e "motivos pessoais relevantes", impedindo-o de "se preparar adequadamente para tais audiências na extensão do contraditório e da ampla defesa assegurados pelo Texto Constitucional".
 
O juiz Sergio Moro respondeu que a morte de dona Marisa não justifica a falta de preparo prévio da defesa de Lula: "O ex-Presidente foi dispensado de comparecer nas audiências de oitiva de testemunhas e, de fato, não tem comparecido. Agregue-se que, tendo as testemunhas sido arroladas na respostas preliminar em 10/10/2016, é de se concluir a Defesa já teve suficiente para se preparar previamente para as inquirições em questão".
 
Afirmou que "apesar do trágico e lamentável acontecimento, há diversas audiências já designadas, com dezenas de testemunhas, e para as quais foram realizadas dezenas de diligências por este Juízo e pelos diversos Juízos deprecados para a sua viabilização".
 
Também considerou que faltava "amparo legal" para o pedido dos advogados. Assim, o juiz da Lava Jato de primeira instância negou a solicitação e fará a audiência de instrução nesta quinta-feira (09). A data é a mesma da missa de sétimo dia de dona Marisa.
 
 
O processo é o referente a investigação de obtenção de vantagens por Lula da construtora OAS, entre eles o triplex do Guarujá e as reformas realizadas no apartamento. Ainda ontem (06), a própria empreiteira informou ao juiz do Paraná que não localizou qualquer contratação ou doação da empresa a ex-presidentes da República, institutos ou fundações relacionados.

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