quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Mesmo com roubo de juiz e violência do Palmeiras, Corinthians vence 1º derbi do centenário



 ESPN:

O primeiro dérbi do ano em que o clássico completa 100 anos foi um resumo do que o encontro entre 
Corinthians e Palmeiras mostrou ao longo de sua história: uma partida quente, “pegada”, com muita 
polêmica para garantir que o assunto não acabe com o apito final, e uma torcida comemorando uma 
vitória que teve tons épicos.
O placar de Itaquera ficou perto de ser alterado algumas vezes, com a bola parando no travessão em 
três oportunidades no decorrer do jogo, mas foi apenas nos minutos finais que a rede balançou, com 
Jô sendo o herói corintiano na vitória.
O placar pode amenizar um pouco o tema das conversas sobre o encontro da noite desta quarta-feira, 
que seria exclusivamente a arbitragem, graças à polêmica e equivocada expulsão do volante Gabriel, 
do Corinthians, no final do primeiro tempo.
A vitória deixa o Corinthians com 12 pontos, líder com quatro pontos de vantagem no grupo A. O 
Palmeiras, com 9, também lidera sua chave, a C.
Maycon puxou Keno pelo ombro, falta digna de cartão amarelo, aos 43 minutos de jogo.
O assoprador de apito teve uma ilusão de ótica e mostrou o cartão para Gabriel, o segundo.
O mundo o avisou do erro, mas, arrogante e autoritário, o assoprador manteve o erro e estragou um
clássico que a garra do Corinthians mantinha equilibrado apesar de sua inferioridade técnica em 
relação ao Palmeiras.

Por cinco minutos a discussão interrompeu o Dérbi do centenário na Arena Corinthians.
Em 30 segundos, pudesse consultar a imagem, o assoprador se corrigiria. Ou sairia em camisa de 
força do estádio.
O jogo era mais guerreado que jogado e emoção mesmo, só três, em chutes de Gabriel e Léo Jabá 
rente ao travessão de Fernando Prass e um de Keno que bateu no cocoruto do travessão de Cássio.

É claro que o segundo tempo prometia um jogo inteiramente diferente graças a “otoridade” que fez 
prevalecer sua decisão contra tudo e todos.
O Palmeiras voltou com o habilidoso venezuelano Guerra no lugar de Raphael Veiga, que já tinha 
cartão amarelo.
Aos 7 minutos, Kazim, que virou xodó da Fiel, aplicou um chapéu em seu amigo Felipe Melo e a 
Arena quase veio abaixo.
O jogo mantinha a mesma cara e o Palmeiras parecia confiar no esgotamento do rival à medida que o 
tempo passava.
Aos 12, Thiago Santos substituiu Felipe Melo.
Aos poucos, com naturalidade, o Palmeiras foi apertando.
O gol era iminente aos 15.
Willian também acertou o cocoruto do travessão corintiano aos 17.
O Palmeiras alugou meio campo, como era inevitável.
Aos 20, Cássio fez uma defesaça em cabeçada de Keno à queima-roupa.
Era um jogo de um time só que tinha dificuldade em fazer o gol da vitória e que pôs Alecsandro no 
lugar de Willian, aos 27.
A verdade é que não tinha jogo, tinha ataque, sem inspiração, contra defesa, com abnegação, diante 
de 31 mil corintianos.
Cheguei a escrever que o time do Palmeiras não tinha nada a ver com o erro do assoprador. Mas tem 
sim, pelo menos Keno tem, porque colaborou para o erro e ainda comemorou a expulsão, a velha 
mania de levar vantagem em tudo que tanto mal faz ao país.
Aos 35, o Corinthians tirou Léo Jabá para entrada de Moisés, pulmão novo para aguentar o fim do 
jogo.
Um gol seria castigo que o Corinthians não merecia e o Palmeiras também não fazia por merecer.
Mas o assoprador merece uma geladeira até o fim do ano, menos pelo erro, mas pelo autoritarismo, 
pela arrogância, pela falta de bom senso, pela estupidez.
Jô substituiu o esgotado Kazim aos 41.
Aos 42, em contra-ataque, Maycon ganhou de Guerra, tentou passar para Jô, Zé Roberto cortou, a 
bola voltou para ele que, enfim, deu para Jô fazer o impossível: 1 a 0, entre as pernas de Prass, 38 
segundos depois de entrar em campo.
Eram 10, mas pareciam 15 leões feridos, injustiçados.
Vitor Hugo perdeu a cabeça e deu uma cotovelada criminosa em Pablo e o assoprador, pusilânime, 
nada fez.
Sim, parece mentira, mas o Corinthians ganhou.
Crise no outro Parque?
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