terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

LULA EMPAREDA SERRA SOBRE POSIÇÃO FRÁGIL E POLÍTICA DO ITAMARATY NA ONU


Defesa do ex-presidente denuncia formalmente ao Ministério das Relações Exteriores, 
comandado por José Serra, que o documento enviado pela própria pasta às Nações Unidas 
contém uma série de violações e inverdades; a manifestação do Itamaraty à Comissão de 
Direitos Humanos da ONU foi feita em resposta a uma ação de Lula na Organização de que 
houve violações contra ele no âmbito da Lava Jato; Serra apontou, no documento, que a 
condução coercitiva de Lula está prevista no código penal francês, mas não indica em que 
trecho do código penal brasileiro; além disso, diz que oito dos 11 ministros do STF foram 
indicados por Lula ou Dilma, e que se tivesse havido alguma violação contra o petista, eles 
teriam se manifestado; segundo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que anunciou a ação da 
defesa de Lula, a afirmação questiona a imparcialidade da justiça brasileira, "uma verdadeira 
agressão"; confira a íntegra do documento.

247 – Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciou formalmente junto ao 
Ministério das Relações Exteriores, comandado por José Serra, que o documento enviado pela 
própria pasta às Nações Unidas em resposta a um processo de Lula contém uma série de violações e 
inverdades.
A manifestação do Itamaraty à Comissão de Direitos Humanos da ONU foi feita em resposta a uma 
ação de Lula na Organização de que houve violações contra ele por parte do juiz Sérgio Moro no 
âmbito da Lava Jato, a exemplo da divulgação dos áudios entre ele e Dilma Rousseff e ainda o 
mandado de condução coercitiva.
Serra apontou, no documento enviado à ONU, que a condução coercitiva de Lula está prevista no 
código penal francês, mas não indica em que trecho do código penal brasileiro. "O governo também 
tenta justificar fatos que já foram considerados ilegais pela própria Justiça brasileira, como a 
divulgação dos áudios pelo juiz Sergio Moro, capitados de forma ilegal", destaca o deputado Paulo 
Pimenta (PT-RS), que anunciou a ação da defesa de Lula.
Além disso, o documento do Ministério das Relações Exteriores argumenta que oito dos 11 ministros 
do Supremo Tribunal Federal foram indicados pelos então presidentes Lula e Dilma Rousseff, e que 
se tivesse havido alguma violação contra o petista, esses ministros teriam se manifestado. "Comete 
uma verdadeira agressão ao próprio Judiciário brasileiro", observa Pimenta, ao dizer que "haveria 
uma relação de reciprocidade, de agradecimento desses ministros para quem os indicou". Segundo 
Pimenta, trata-se de "uma verdadeira agressão".
Confira aqui a íntegra do documento da defesa de Lula, protocolado também na Comissão de 
Direitos Humanos da Câmara.

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