A família Marinho, que controla a Globo, maior grupo de comunicação do País, demonstrou
nesta sexta-feira que mantém blindados o PSDB e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que
ontem mereceu a capa da Folha de S. Paulo por ter sido delatado por dois executivos da
Odebrecht por comandar propinas de 3% nas obras da Cidade Administrativa de Minas
Gerais; assim como o Jornal Nacional, o impresso O Globo não dedicou uma única linha ao
assunto; postura bem diferente da adotada contra o ex-presidente Lula e sua família que, nos
últimos dois anos, foram alvo até de notícias falsas, das quais o jornal foi obrigado a se
retratar; seletividade da mídia, em especial do Globo, tem como objetivo provocar um mal
maior: a seletividade do Judiciário, com perseguições aos inimigos políticos e proteções aos
amigos
247 – Capa da Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, por ter sido delatado como chefe de um esquema de propinas na maior obra de Minas Gerais (leia mais aqui), que envolveu superfaturamento e comissões ilícitas de 3%, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) continua blindado pela família Marinho, que comanda o maior grupo de comunicação do País.
Além de não ter sido citado no Jornal Nacional (leia mais aqui), o caso Aécio não mereceu uma única linha do jornal O Globo nesta sexta-feira.
É uma postura bem diferente da que foi adotada pela família Marinho em relação ao ex-presidente Lula e seus familiares, que foram alvo até de notícias falsas, das quais a Globo teve que se retratar, nos últimos dois anos. Numa delas, a Globo anunciou que o lobista Fernando Baiano havia revelado pagamentos ilícitos a um dos filhos de Lula – o que era mentira.
Além disso, o caso Aécio, que envolve propinas de 3% numa obra de R$ 2,1 bilhões, com comissões pagas a Oswaldo Borges da Costa, seu tesoureiro informal, é infinitamente mais grave do que a acusação de que Lula e a ex-primeira-dama se beneficiaram de reformas de um suposto triplex, que não chegaram a comprar.
Esta seletividade da mídia, em especial do grupo Globo, tem como objetivo provocar um mal maior: a seletividade do Judiciário, com perseguições aos inimigos políticos, e proteções aos amigos.
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