sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

As patranhas de Moro & Andrade Gutierrez para safar o "MINEIRINHO" e o PSDB


Andrade Gutierrez trapaceou a justiça para ajudar o PSDB e foi premiada pela Lava Jato

por Jeferson Miola 

A empreiteira Andrade Gutierrez trapaceou a justiça para ajudar o PSDB e, a despeito dos crimes de 
falso testemunho e ocultação da corrupção tucana, assim mesmo foi premiada pela Lava Jato com 
acordos de delação, redução de penas e preservação da fortuna amealhada no assalto ao dinheiro 
público.
No processo que tramita no TSE sobre os gastos da campanha presidencial da chapa Dilma-Temer, o 
ex-presidente da empreiteira, Otávio Azevedo, prestou falso testemunho para incriminar Dilma, 
mentindo ter doado R$ 1 milhão de dinheiro supostamente proveniente de propina para a campanha 
dela de 2014.
Azevedo alegou, com impressionante desfaçatez, que a doação à campanha da Dilma tinha origem 
em propinas, ao passo que as contribuições feitas à campanha do Aécio Neves – em quantias 
superiores e originadas no mesmo caixa da Andrade Gutierrez – tinham origem legal e honesta [sic].
A defesa da Dilma no processo desmontou a armação, comprovando que o valor foi doado mediante 
cheque nominal não à tesouraria oficial da chapa Dilma-Temer, mas nominalmente para o então 
candidato a vice-presidente, o conspirador Michel Temer.
Uma vez desmascarada a vilania, o TSE entendeu que como a doação foi feita a Temer, não seria 
mais propina; fosse à Dilma, seria propina. Ao mesmo tempo, o TSE concedeu a Otávio Azevedo o 
direito de “corrigir” o falso depoimento. O empresário, todavia, não foi punido por falso testemunho, 
pela produção de provas falsas e imputação falsa de crime a terceiros.
A conduta da Andrade Gutierrez de trapacear a justiça e falsificar a verdade para proteger o PSDB 
parece ser prática institucional. Nos acordos de delação com a Lava Jato, os diretores da empresa 
esconderam desvios na execução de obras nos governos do PSDB:
– [1] o esquema montado com instruções diretas e pessoais de Aécio Neves em Minas Gerais para a 
construção do Centro Administrativo do Estado, estimado para custar R$ 500 milhões, mas que 
alcançou R$ 2,1 bilhões – superfaturamento superior a 400%!;
 [2] corrupção nas obras do anel rodoviário metropolitano de São Paulo [Rodoanel Mário Covas], 
cujos desvios são estimados em mais de R$ 1,3 bilhões; e
– [3] corrupção no metrô de SP, existente desde 1998 quando iniciaram os governos do PSDB 
[Covas, Serra e Alckmin], e que causaram prejuízos de mais de R$ 1 bilhão.
O truque da Andrade Gutierrez para esconder os esquemas do PSDB não funcionou, porque 
funcionários da Odebrecht relataram tais casos nos seus acordos de delação. Ante esta nova fraude 
processual e ocultação de provas, a força-tarefa da Lava Jato premiou os diretores da empreiteira 
com o “recall”, ou seja, com uma nova oportunidade para “corrigirem” os falsos depoimentos.
Não é necessário ser um jurista genial para identificar o enquadramento penal cabível a qualquer 
pessoa que zoasse do poder judiciário como fazem os diretores da Andrade Gutierrez para proteger o 
PSDB.
É fácil entender isso: o Brasil está dentro de um golpe de Estado e sob a vigência de um regime de 
exceção. A oligarquia golpista aparelha e direciona as instituições de Estado – judiciário, ministério 
público, polícia federal – para destruir os inimigos de classe.
Para aniquilar Lula e o PT, vale tudo, inclusive a destruição do Estado de Direito, a Constituição e a 
democracia.
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