terça-feira, 24 de janeiro de 2017

UM PERFEITO (PREFEITO) IDIOTA BRASILEIRO


O exterminador do futuro da cidade  ...

SECRETÁRIO DE DORIA ADMITE: AVENIDA 23 DE MAIO “FICOU MUITO CINZA”
por : Kiko Nogueira

João Doria passará para a história como o prefeito que conseguiu a proeza de deixar São Paulo mais feia e mais estúpida.
Não há dia em que Doria não faça alguma idiotice midiática em sua hiperatividade estéril. Esgotou o guarda roupa com seu fetiche por uniformes de operários.
Já se fantasiou de gari, pedreiro, jardineiro, operador de motor de compressão. A última jogada populista foi sair de cadeirante, uma ofensa a quem não tem como se locomover com as pernas.
Doria é deficiente, mas de sensibilidade e de caráter. Seu estilo não tem nada a ver com privatizar a capital paulista e dar uma “eficiência” à máquina estatal. Isso é blablabla.
Ele é um lobista. À frente do grupo Lide, especializou-se em organizar almoços e jantares juntando políticos e empresários — o que tentou fazer na prefeitura e recuou — e gincanas em resorts baianos.
Parece que ele está “trabalhando”. À frente de uma megalópole, o resultado é um palhaço pagando mico para gente que não aguenta mais assistir a um show vagabundo que não leva a nada.
A ideia de descolorir a Avenida 23 de Maio é antológica. O secretário de Cultura se confessou abismado pelo fato de a via ter ficado “muito cinza”.
Temos que conviver com “gestores” — palavra que foi destruída pelo mau uso dos marqueteiros — que ficam embasbacados diante de uma lei universal e inegável, por enquanto: se você jogar tinta cinza sobre uma superfície, ela vai ficar cinza.
Doria, de quebra, está chamando a atenção para a obra de seu antecessor. Quem não tinha notado como a 23 havia ficado colorida e até bonita agora depara com um pesadelo da cor da poluição de um lugar inóspito. A sensação, agora, é de desolação.
A grande ideia desses farsantes é criar um museu da arte urbana. Ora, se você vai confinar pinturas de rua, está desfigurando-as. É como vender um zoológico como um safári na África.
É uma administração permanentemente voltada para os baixos instintos e a subestimação da inteligência da população.
Nem o guru de Doria, citado por ele em seu discurso de posse, o leva a sério. Em boa entrevista à BBC Brasil, Robert Greene, autor de “As 48 Leis do Poder”, criticou aqueles que se elegem com o discurso do “não político”.
“Não acho que pessoas assim vão ter muito sucesso porque a política é um ofício, uma profissão e envolve compromisso e anos de aprendizado sobre como construir alianças”, afirmou, referindo-se também a Donald Trump.
Sobre o alcaide paulistano, deu-lhe um conselho.
“Diria que em vez de se fantasiar de gari, de pedreiro, que ele entregue mais. Se fantasie menos e entregue mais. Precisa se comprometer e ser muito prático – e não viciar na atenção que você acaba tendo ao dizer coisas ousadas”, declarou.
“Eu tendo a pensar que pessoas assim não tem o controle de suas ousadias”.
João Doria sequer entendeu o livro de Greene — se é que leu, mesmo. Em se tratando desse personagem, tudo é mentira e mistificação. A única verdade é que ele se acabou antes do que se esperava.
Ex-ministro da Cultura Juca Ferreira criticou a investida do prefeito tucano de São Paulo contra a arte nas ruas da cidade; "A ação de apagar os grafites do corredor da 23 de maio revela a perspectiva ‘cinzenta’ proposta pelo prefeito João Dória para a cidade de São Paulo, que aparece na forma de uma ação ignorante e autoritária", afirma; "Enquanto defendíamos que a beleza da cidade estava na valorização da diversidade de suas expressões culturais, Dória chama de ‘linda’ uma cidade de muros e painéis cinzas, que apaga as marcas de sua cultura"
.........................................................

Por Juca Ferreira, em seu Facebook - A ação de apagar os grafites do corredor da 23 de maio revela a perspectiva ‘cinzenta’ proposta pelo prefeito João Dória para a cidade de São Paulo, que aparece na forma de uma ação ignorante e autoritária.
A formação daquele corredor partiu de um proposta do ex-prefeito Fernando Haddad que via naquela avenida o potencial de ser um painel das melhores expressões do grafite de rua da cidade e de uma decisão da Secretaria Municipal de Cultura de fortalecer o grafite como expressão cultural contemporânea, que ajuda a dar cor a São Paulo.
Ao ‘limpar’ os painéis da 23 de maio o novo prefeito comete dois absurdos: por um lado, deixa a cidade mais feia, cinzenta e sem personalidade; por outro, ataca a arte de rua e o trabalho de centenas de grafiteiros que contribuíram para a montagem daquele painel.
Dória também demonstra ignorância sobre a relevância estética da arte de rua, expressão marcante da cultura das grandes cidades no mundo inteiro.
Este reconhecimento levou a arte de rua para dentro de galerias e de museus renomados.
É neste sentido que o Masp fará ano que vem uma exposição do grafiteiro nova-iorquino Juan-Michel Basquiat.
A visão de cidade que João Dória afirma nesta ação é oposta daquela pela qual trabalhamos durante a gestão de Fernando Haddad.
Enquanto defendíamos que a beleza da cidade estava na valorização da diversidade de suas expressões culturais, Dória chama de ‘linda’ uma cidade de muros e painéis cinzas, que apaga as marcas de sua cultura.
Será que ele acha que os cidadãos realmente preferem a cidade cinza?

Nenhum comentário: