Os impactos do golpe parlamentar de 2016, articulado por Aécio Neves, Eduardo Cunha, FHC
e Michel Temer, foram devastadores para a indústria brasileira, cuja utilização da capacidade
recuou para níveis anteriores aos do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva; o nível de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira encerrou 2016 em
76%, o mais baixo já registrado desde 2003, informou a CNI nesta segunda-feira 30; com Lula
e Dilma, a indústria cresceu de forma contínua, mas o tombo veio em 2015, quando Aécio se
uniu a Cunha para sabotar o País, e em 2016, quando Temer aprofundou a depressão
econômica.
Mariana Branco, repórter da Agência Brasil - O nível de utilização da capacidade instalada da
indústria brasileira encerrou 2016 em 76%, o mais baixo já registrado desde 2003. A informação é da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou hoje (30) os indicadores industriais
relativos a dezembro do ano passado.
"É indicativo de uma grande folga que existe na indústria. Há uma grande ociosidade no setor e isso
é um limitador da retomada do investimento", afirmou o gerente-executivo de Políticas Econômicas
da CNI, Flávio Castelo Branco.
O levantamento também indicou redução do poder de compra dos trabalhadores no fim do ano
passado. A massa real de salários recuou 1,6% enquanto o rendimento médio real do trabalhador
caiu 1,2% em dezembro na comparação com novembro. "A capacidade de compra está prejudicada
não apenas pelo desemprego, como também pela inflação", disse Castelo Branco.
Por outro lado, dezembro registrou dados positivos em relação ao emprego e às horas trabalhadas na
produção. Após 23 meses consecutivos de queda, o emprego cresceu 0,2% em dezembro ante
novembro.
No mesmo período, as horas trabalhadas cresceram 1%. De acordo com a CNI, foi o segundo
No mesmo período, as horas trabalhadas cresceram 1%. De acordo com a CNI, foi o segundo
aumento consecutivo das horas trabalhadas na produção. Nos últimos dois meses de 2016, o
indicador acumulou crescimento de 1,8%.
Todos os dados contêm ajuste sazonal, ou seja, levam em conta a inflação e as características do
Todos os dados contêm ajuste sazonal, ou seja, levam em conta a inflação e as características do
período analisado.
Para Flávio Castelo Branco, os resultados do emprego e horas trabalhadas podem sinalizar "possível
Para Flávio Castelo Branco, os resultados do emprego e horas trabalhadas podem sinalizar "possível
reversão da trajetória negativa da atividade industrial, que já vem [ocorrendo] há dois anos".
Queda anual
Na comparação anual, os indicadores da indústria pioraram em relação a 2015. O faturamento real
Queda anual
Na comparação anual, os indicadores da indústria pioraram em relação a 2015. O faturamento real
caiu 12,1% e as horas trabalhadas, 7,5%. O emprego diminuiu 7,5% e a massa real de salários teve
queda de 8,6%. Já o rendimento médio do trabalhador recuou 1,2% de um ano para o outro.
Segundo Castelo Branco, a comparação evidencia que 2016 foi um ano difícil para indústria. "A
Segundo Castelo Branco, a comparação evidencia que 2016 foi um ano difícil para indústria. "A
magnitude da queda [do faturamento real], na casa dos dois dígitos e em cima de quedas que já têm
sido grandes em anos anteriores, mostra uma grande corrosão do faturamento das empresas."
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