sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

PT ENTRE O CRETINISMO PARLAMENTAR, AS MIGALHAS DO PODER E A RUA QUE NÃO OS AGUENTA MAIS



Por João Vicente Goulart

A eleição para Presidência da Câmara dos Deputados está trazendo à tona a verdadeira face dos 
bastidores da política atual: perversa, hipócrita e fisiológica.
A movimentação de alguns setores do PT indica que, mesmo após a covarde e ilícita deposição da 
Presidente Dilma Rousseff, onde houve uma mobilização dos setores militantes daquele partido, da 
esquerda , PDT, PC do B, PSOL , movimentos sociais, como MST, Movimento dos Trabalhadores 
Sem Teto, e tantas outras organizações que se uniram em torno da Frente Brasil Popular em defesa 
de nossa democracia vilipendiada, assistimos atônitos uma possível aliança com candidatos da base 
governista em torno de cargos da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e a traiçoeira opção de 
esquecer estas lutas, compondo covardemente com o inimigo golpista, por farelos e migalhas.
A movimentação de alguns deputados do PT, Vicente Cândido, José Mentor, Luis Sergio e Carlos 
Zarattini, por exemplo, pululando no ar do gabinete de Rodrigo Maia, nos traz a impressão clara que 
esta posição pragmática, em torno de cargos da Mesa Diretora, fará com que, um acordão venha 
acontecer nos bastidores daquele que outrora fora o grande Partido da Esquerda.
As dissimulações destas hostes partidárias chegam ao cúmulo de tentar, segundo ultimas 
informações, apoiarem, não a candidatura natural de André Figueiredo, como única oposição 
legítima e sim uma segunda candidatura governista, como a de Jovair Arantes, o relator do 
impeachment.
Para que? Para não dizerem que estariam apoiando Maia, o candidato do governo, porém tramando 
com o próprio, um grande acordão em torno de cargos, onde a renúncia de Jovair no último minuto, 
desarticularia qualquer outra alternativa de última hora, migrando os votos para a verdadeira e 
golpista candidatura de Maia e assegurando, desta maneira, a primeira secretaria ao PT.
Isto esconderia a traição? Não, pois há milhares de militantes na rua que há anos lutam por um país 
mais justo e se envergonharão de uma posição de tal índole, afinal, como dizia Brizola, “a política 
ama a traição, mas abomina o traidor”.
2018 está perto e uma posição de traição às bases pode ser o esfacelamento da união das forças 
populares necessária à próxima eleição.
Sem mais subterfúgios.
PT, mostra a tua cara!
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