segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

OITO HOMENS TÊM A MESMA RIQUEZA QUE OS 3,6 BILHÕES MAIS POBRES DO MUNDO


Um novo relatório da organização não governamental Oxfam, divulgado nesta segunda (16), 
revela que o fosso material entre o 1% e os 99% da humanidade, respectivamente, o topo e a 
base da pirâmide da riqueza mundial, torna-se cada vez maior, com consequências nefastas 
para a sociedade; documento também capta uma tendência preocupante: o abismo entre ricos 
pobres está aumentando em uma velocidade muito maior do que a prevista; baseado no 
Credit Suisse Wealth Report 2016 e na lista de milionários da Forbes, o relatório alerta que 
apenas oito homens concentram a mesma riqueza do que as 3,6 bilhões de pessoas que fazem 
parte da metade mais pobre da humanidade.

As informações são de reportagem da revista Carta Capital

"Os oito primeiros colocados na lista da Forbes são o criador da Microsoft, Bill Gates (75 bilhões de 
dólares), Amancio Ortega (67 bilhões), da grife espanhola Zara; Warren Buffet (60,8 bilhões), da 
Berkshire Hathaway, Carlos Slim (50 bilhões), das telecomunicações e Jeff Bezos (45,2 bilhões), da 
Amazon. Figuram ainda o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg (44, 6 bilhões), Larry Ellison 
(43,6 bilhões), da Oracle, e, por fim, Michael Bloomberg (Bloomberg LP), com 40 bilhões.
Tal riqueza é, na maioria dos casos, hereditária. Nas próximas duas décadas, 500 indivíduos passarão 
mais de 2,1 trilhões de dólares para seus herdeiros, uma soma maior do que o PIB de um país como a 
Índia, que tem 1,2 bilhão de habitantes.
Intitulado Uma economia humana para os 99%, o relatório analisa de que maneira grandes empresas 
e os "super-ricos" trabalham para acirrar o fosso da desigualdade.
A renda de altos executivos, frequentemente engordada pelas ações de suas empresas, tem 
aumentado vertiginosamente, ao passo que os salários de trabalhadores comuns e a receita de 
fornecedores têm, na melhor das hipóteses, mantido-se inalterado e, na pior, diminuído.
O estudo aponta que, atualmente, o diretor executivo da maior empresa de informática da Índia 
ganha 416 vezes mais que um funcionário médio da mesma empresa.
Além disso, os altos lucros das empresas são maximizados pela estratégia de pagar o mínimo 
possível em impostos, utilizando para este fim paraísos fiscais ou promovendo a concorrência entre 
países na oferta de incentivos e tributos mais baixos."
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