quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

LULA: DIRETAS JÁ! DEVERIAM PERSEGUIR OS QUE ESTÃO QUERENDO VENDER A PETROBRAS’


Em discurso no 29º Encontro Nacional do MST, em Salvador nesta quarta, o ex-presidente 
Lula voltou a criticar a 'perseguição' a ele e ao PT, e sugeriu que "eles devem perseguir os que 
estão querendo vender a Petrobras", se referindo à Operação Lava Jato; "Eles tentam 
criminalizar o (José Sérgio) Gabrielli, porque houve plataforma de solda que era feita na 
China, em Cingapura ou na Coreia, que gerava emprego e riqueza lá, que ele trouxe para fazer 
no Brasil, para formar engenheiros da indústria naval aqui. Deveriam perseguir estes que 
agora estão entregando a Petrobras", disse; Lula também pediu investigação de suposto 
envolvimento dos EUA "junto ao juiz Moro", ao MP e à PF; em referência ao governo Temer, 
afirmou que "eles nunca aceitaram que esse país fosse independente de verdade" e declarou 
que "só um presidente com credibilidade pode tirar o país da crise".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira, em encontro do MST 
(Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) na Bahia, que sejam realizadas eleições diretas o quanto 
antes no país, para que o Brasil saia da condição de ilegalidade institucional que vive atualmente.
Em discurso proferido durante o 29º Encontro Estadual do MST, Lula disse: " É importante a gente 
não ter vergonha de dizer que quer eleição direta. 
O (Michel) Temer (PMDB) quer ser presidente? O (José) Serra (PSDB) quer ser presidente? O (juiz 
de 1ª instância Sérgio) Moro quer ser presidente? Ótimo. Todo mundo que quer ser presidente tem o 
direito de se candidatar. O que não pode é querer ser presidente dando um Golpe, na base da 
canetada." 
Além de Lula, outras lideranças do PT estiveram no evento, como o presidente nacional da sigla, Rui 
Falcão, e o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli.
O ex-presidente Lula também falou a respeito da atual crise econômica por que passa o país, bem 
como sobre as medidas que o governo em exercício de Michel Temer tem tomado sob a justificativa 
de tentar solucionar os problemas. "A solução da crise não passa por penalizar as classes mais pobres 
da população, mas inclui-las no Orçamento", defendeu Lula.
Segundo ele, programas sociais realizados durante os governos do PT, de 2003 a 2016, como o Luz 
para Todos e o Bolsa Família, são uma prova de que investir na qualidade de vida e na capacidade de 
consumo da população mais pobre são a maneira mais justa e correta de se enfrentar uma crise 
econômica. "Levar luz para que uma mãe do sertão seja capaz de dar banho quente no seu filho é tão 
importante como garantir energia para encher a banheira de uma madame da avenida Paulista", 
comparou o ex-presidente.
Falando a uma plateia de agricultores, Lula lembrou que a agricultura familiar é responsável "pela 
produção de 70% de tudo que se mastiga nesse país", e que durante seu governo o crédito rural 
chegou às famílias produtoras tanto quanto chegava antes apenas aos grandes latifundiários.
"É por essas e outras que querem criminalizar a mim e ao meu governo. Somos perseguidos pelos 
nossos acertos. O que está acontecendo no Brasil é algo anormal. Não se pode sair da esperança que 
estávamos para a desgraça que estamos hoje. Deus tinha virado brasileiro. Será que desvirou? Eu não 
acredito."
Lula encerrou sua intervenção falando a respeito da perseguição jurídica de que é vítima atualmente. 
"Eu achei que tinha encerrado minha carreira pollítica. Mas diante dessas acusações, na hora que 
ficar claro que não há nada contra mim, só quero que peçam desculpas. Eu aprendi a andar de cabeça 
erguida nesse país e não vou baixar a cabeça para ninguém."
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