terça-feira, 20 de dezembro de 2016
OS ATENTADOS EXPLODEM NA CRISE EUROPEIA
Polícia não achou relação dele com atentado; missa na capital alemã homenageou mortos e
feridos durante ataque à feira de Natal de Breitscheidplatz
A Promotoria alemã informou nesta terça-feira (20/12) que o único suspeito detido após o atentado desta segunda (19/12) em Berlim, um refugiado paquistanês, foi colocado em liberdade. A polícia não achou ligações dele com o ataque.
O órgão tinha até à meia-noite desta terça para enviar o suspeito ao presídio ou libertá-lo. O homem, que agora foi libertado, é um paquistanês de 23 anos que pediu asilo na Alemanha em 31 de dezembro do ano passado e aguarda o resultado da solicitação.
Segundo o jornal Berliner Morgenpost, o paquistanês não sofrerá nenhuma acusação no momento. Durante o depoimento, afirma o jornal, o homem deu muitas informações, mas negou qualquer tipo de envolvimento.
Ainda de acordo com o periódico, as testemunhas não deram 100% de certeza de que ele seria a pessoa que dirigia o caminhão e as investigações também não apontam que ele poderia, eventualmente, ser essa pessoa.
Caminhão atravessou feira de Natal ao oeste de Berlim e deixou ao menos 12 mortos
O homem residia em um albergue de refugiados instalado em um dos hangares do antigo aeroporto de Tempelhof e tem passagem na polícia por crimes menores. Ele não consta, no entanto, em nenhuma base de dados de supostos terroristas.
O paquistanês havia sido detido por uma viatura da polícia a cerca de dois quilômetros do local do atentado, junto à Coluna da Vitória, situado no parque Tiergarten.
Na última madrugada, agentes das forças especiais da polícia alemã fizeram buscas no albergue em que o suspeito residia em uma operação que contou com cerca de 250 efetivos, mas não encontraram nada que o incriminasse.
Homenagem
Uma missa foi realizada nesta terça em homenagem aos mortos e feridos no ataque, concretizado quando uma pessoa ainda desconhecida avançou com um caminhão na feira de Natal de Breitscheidplatz, na região oeste da capital alemã.
As autoridades alemãs compareceram em peso à Gedächtniskirche, que fica em frente à praça onde ocorria a feira e na qual foi realizada a missa.
Durante a cerimônia, o prefeito de Berlim, Michael Müller, pediu que o ódio “não seja resposta ao ódio”. “Façamos o que todos nós berlinenses fazemos, sempre que tivemos temos difíceis: permanecermos juntos. Há décadas vivem juntos em Berlim as mais diferentes pessoas, e assim isso deve continuar. Nossa resposta é manter nossa atitude. Respeito, tolerância e não violência são nossos valores conjuntos. Lutemos por eles, para que a cidade continue a estampá-los.”
O presidente do Parlamento, Norbert Lammert (esq.), a chanceler Angela Merkel e o
presidente alemão Joachim Gauck foram à missa na Gedächtniskirche
Pouco antes, a chanceler Angela Merkel, junto com outros membros do governo, visitou o local do atentado e depositou flores.
O Portão de Brandemburgo, mais famoso ponto turístico da capital, foi iluminado com as cores da bandeira alemã e da bandeira de Berlim.
O ataque deixou ao menos 12 mortos e 48 feridos. A polícia anunciou um reforço na segurança nas ruas em volta da Breitscheidplatz, onde ocorreu o atentado, e em outros locais de grande movimentação, como a Hauptbahnhof (estação central de trens) e a Potdsamer Platz, além de outros mercados natalinos.
Atentado
O governo alemão passou nesta terça-feira a tratar o caso oficialmente como um “atentado terrorista”, segundo o ministro do Interior, Thomas de Mazière. “Nós não temos mais nenhuma dúvida, de que se trata de atentado os horríveis eventos da noite de ontem”.
Mais cedo, Merkel já havia dito que, consideradas as informações até o momento, se deveria “presumir de que se trata de um ataque terrorista” e, além disso, afirmou que “seria especialmente difícil de suportar, caso isso se confirme, que essa ação foi cometida por uma pessoa que pediu proteção e asilo à Alemanha".
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