Globalhas e Vira Latas
Cíntia Alves
Jornal GGN - Cumprindo a missão editorial de mostrar o que a grande mídia esconde por interesse variados, o GGN faz a cobertura da ação penal em que Lula é acusado de receber um apartamento no Guarujá da OAS, como forma velada de pagamento de propina, evidenciando alguns pontos marginalizados pelos jornais (não por falta de relevância, diga-se).
A série indicada abaixo começa quando o Ministério Público Federal convoca uma coletiva de imprensa para fixar Lula no topo da cadeia de comando dos esquemas de corrupção desnudados pela Lava Jato - mas o leitor pode utilizar a busca avançada do portal para conferir o histórico de notícias que precede esse fato.
A força-tarefa do MP, coordenada por Deltan Dallagnol, acusou Lula de ter recebido e ocultado a posse do apartamento 164-A do Condomínio Solaris e de ter sido beneficiado com pouco mais de R$ 1 milhão investidos na manutenção de seu acervo presidencial, também custeada pela OAS.
Os recursos para esses "favores" a Lula teriam saído de um caixa geral do PT que a empreiteira abastecia com propina contabilizada a partir de três contratos com a Petrobras, por obras nas refinarias Abreu e Lima e Getúlio Vargas. O MPF também sustenta que a propina da OAS ajudou Lula a manter sua base aliada no governo, enquanto o petista foi presidente.
Antes de o julgamento começar, o GGN mostrou que os procuradores ouviram diversas testemunhas que admitiram que não possuem provas documentais de que Lula possui um triplex. Ao contrário disso, algumas dessas testemunhas admitiram que só ficaram sabendo do caso depois que saiu na grande mídia.
Até aqui, mais de 20 testemunhas convocadas pela acusação já foram ouvidas, mas nenhum elemento que corrobore com as delações contra Lula veio à tona. Além de delatores que abordaram o papel do ex-presidente nas articulações políticas de sua gestão, o MPF priorizou funcionários da OAS e da Tallento, empresa que fez a reforma do triplex, no intuito de validar os "boatos" de que o ex-presidente era o dono da unidade.
Alguns episódios foram marcantes, como as audiências com réus delatores da Lava Jato que foram impedidos pelo juiz Sergio Moro de abordar o elo suspeita entre a força-tarefa de Curitiba e investigadores dos EUA. A reportagem confirmou com a Procuradoria Geral da República que a equipe de Dallagnol tem feito colaboração internacional sem nenhuma fiscalização de autoridades brasileiras. Outro, mais recente, foi a oitiva do ex-zelador do Solaris, que chamou Lula e seus advogados e "bando de lixo" e ainda recebeu um pedido de desculpas por parte de Moro.
A agenda do magistrado para o início de 2017 já está recheada de oitivas que, pelo cronograma, se estendem até março.
Abaixo, os principais links da cobertura do GGN sobre o caso triplex, até aqui:
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