sexta-feira, 7 de outubro de 2016

TARTARUGÂO DO SUPREMO DIVIDE LAVA JATO EM PP, PMDB e PT


Jornal GGN - O ministro Teori Zavascki, o Tartarugão do Supremo Tribunal Federal, o 
mesmo que escondeu na gaveta o cunha por 6 meses....determinou a instauração de três novos 
inquéritos a partir do desmembramento do Inquérito (INQ) 3989, em tramitação no STF, 
relativo à operação Lava Jato. Atendendo a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo 
Janot, os três novos inquéritos investigarão possíveis fatos delitivos praticados por membros do 
Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) 
com articulação no Senado Federal e do PMDB com articulação na Câmara dos Deputados. No 
Inquérito 3989, permanecem as investigações referentes aos integrantes do Partido 
Progressista (PP).

POR FERNANDO BRITO

O ministro Teori Zavascki atendeu o pedido de Rodrigo Janot e incluiu o ex-presidente Lula na 
investigação da Lava jato.
Que, aliás, segue o perigosíssimo caminho de investigar “núcleos” e não crimes determinados.
O que leva a investigar pessoas, mais do que fatos.
Daí para o “domínio do fato” é um pulo, porque a lógica é que há uma organização criminosa e não 
apenas pessoas praticando crimes, sós ou em associação permanente com outras.
Aliás, núcleos, por definição, pedem um centro…
Curioso é que esta lógica não é seguida – e não deve mesmo ser – em outros casos.
Rouba-se no Metrô de São Paulo. Rouba-se na Fepasa. Rouba-se na Cesp. Rouba-se em outras 
estatais paulistas.
Logo, segundo esta lógica, há um núcleo roubando.
E um núcleo, claro, deve ter um centro.
Mas não é assim que se faz.
Não se tem notícias de que o governador e o ex-governador estejam sendo investigados, porque são 
tratados como eventos separados.
Não vale o argumento de que todos os dirigentes destas empresas foram e são nomeados por eles.
E é correto, enquanto não se tem indícios fortes de que eles ordenaram ou participaram dos atos de 
corrupção.
Agora, não: há um objetivo no qual tudo vai sendo encaixado. “Dá-se um jeito de caber”, como 
ironiza o ex-procurador Eugenio Aragão.
Em lugar da culpa, deve-se provar – e cabalmente – a inocência, mesmo que não se possa provar 
intenções.
Se Lula não for condenado por navio-sonda, será por pedalinho; se não puder ser por refinaria, será 
por apartamento; se não “colar” o gasoduto, serve o sítio, se não tiver propina, servem os caixotes do 
acervo presidencial, segundo o MP guardados num galpão pago com propinas pagas por obras 
bilionárias de duas refinarias, que ridículo…
Os ministros do Supremo Tribunal Federal – e ação ou omissão, no caso deles no es lo mismo, pero 
es igual – já decidiram, tanto quanto o Procurador Geral, que se lhes exige condenar Lula e, 
provavelmente, Dilma.
Os dois que, aliás, indicaram a quase todos eles para os cargos que ocupam.
Talvez, quem sabe, seja uma “autocrítica”.
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