sexta-feira, 21 de outubro de 2016

SUPREMA MEDIOCRIDADE, UMA REFLEXÂO

 
 Por conta de Lula e Dilma, STF é um lugar cheio de ministros e ministras medíocres

por Brenno Tardelli, no Justificando

Os governos Lula e Dilma foram marcados por um profundo endurecimento dos aparelhos de 
repressão do Estado e de suas instituições jurídicas, medidas que levaram a uma série de ações e 
reações que resultaram na queda do petismo da Presidência da República. Os ex-presidentes também 
foram responsáveis por falta de avanços, quando não retrocessos, em áreas que a pauta progressista 
demorará muitos anos para ter a possibilidade de fazer algo diferente, como, por exemplo, a questão 
carcerária e a política de drogas.
Essa introdução-conclusão é necessária para entender o fato de todos os dias termos que lidar com 
ministros do Supremo Tribunal Federal medíocres. São reprodutores do senso comum reacionário e 
estão sendo responsáveis por um dos maiores rompimentos formais das instituições com a 
Constituição Federal. Ultimamente, vale tudo.
Por isso que o caro amigo Professor da PUC/MG, Leonardo Yarochewski, acertou em cheio quando 
que é para esculhambar e jogar para a galera, que pelo menos seja sem cinismo.
Indicada por Lula, Cármen Lúcia está cumprindo essa tarefa de forma visceral. Em uma semana, 
sairão de uma reunião com tanta gente surfando a onda do populismo reunida. Para se ter uma ideia 
da gravidade de uma ministra do STF encampar a liderança por segurança pública, Cármen foi 
corrigida pelo ministro da defesa, Raul Jungmann, sobre a inconstitucionalidade do exército em fazer 
a segurança nas ruas. Ministra do Supremo corrigida pelo Ministro da Defesa. Que tempos 
vivemos…
Cármen é uma indicação semelhante à desastrosa de Joaquim Barbosa, primeiro negro a ser ministro 
da Corte que se tornou “heroi” da grande imprensa e agora encara o ostracismo por falar o que ela 
não quer ouvir. Ambos são a escolha branca acrítica da representatividade apenas pela 
representatividade, já que os escolhidos não possuem qualquer compromisso com as minorias. A 
diferença é que a atual presidente – como gosta de ser chamada – foi endossada por juristas de 
respeito, os quais hoje dizem abertamente como se arrependeram da escolha.
Fenômeno semelhante aconteceu com o Fachin, talvez o caso mais estranho a ser estudado. O 
ministro mais recente no Supremo teve o mérito de fazer uma campanha aberta, longe dos 
articulações sussurradas que ascendem juristas (?) políticos, como o caso de Tóffoli, o qual, se 
quiser, passará, no mínimo, 32 anos como ministro da Corte. São três décadas de uma pessoa 
evidentemente despreparada para o cargo. O resultado está aí, um ministro cada vez mais parecido 
com Gilmar Mendes – esse, menos cínico que os demais por assumir abertamente seu partidarismo, 
Tóffoli terá três décadas sem compromisso com a Constituição. Percebam como a escolha de um 
ministro da corte é um erro duro demais, com consequências que continuam a reverberar por muitos 
anos. Indicação pessoal de Lula, posteriormente, no processo de destituição de Dilma, foi um dos 
Constituição”, afirmação cínica do ponto de vista da ciência política e do direito.
Mas voltemos a Fachin, o ministro que fez campanha junto a movimentos sociais e se tornou um dos 
mais medíocres da Corte, dada a profundidade de um pires de café nas suas decisões. O que leva 
alguém a andar junto com movimentos sociais para chegar lá e ser só mais um? O que servem no 
lanche do Supremo Tribunal Federal que torna a grande maioria dos ministros tão parecidos?
É uma questão também a ser feita a Barroso, justamente em tempos em que vive umprocesso de 
Gilmarmendização. O ministro descolado, de frases bonitas e dono de sustentação oral brilhante 
pelos direitos LGBT enquanto advogado, atualmente, como ministro, é autor de entendimentos 
A questão também deve ser uma autocrítica necessária a progressistas e liberais compromissados 
com os direitos humanos, coletivos e individuais, que apostam em mentes supostamente arejadas 
para amenizar o vazio daquela corte. As recentes apostas revelaram-se um enorme tiro no pé, mais 
frustrantes que Rosa Weber e Teori Zavascki. Esses, pelo menos cumpriram a expectativa de quem 
não tinha nenhuma expectativa. Não desapontaram.
Várias escolhas de ministros são inacreditáveis, mas tem uma que causa espanto e horror. O que Luiz 
Fux está fazendo lá? O ministro fez campanha nos corredores do Congresso de que mataria o 
mensalão no peito e absolveria geral, motivação torpe abraçada por Dilma. Mais tarde, Fux ficaria 
Rio de Janeiro com apenas 33 anos e nenhuma prática de advocacia. Conseguiu o que queria, 
atualmente inúmeras pessoas são julgadas por ela, por ele e pelos demais ministros.
Desse veneno, provou Dilma, cujo governo sofreu o golpe dado com protagonismo pelo Supremo
Seu governo foi julgado por pessoas sem a menor aptidão para fazê-lo. Lula, também responsável 
pela atual composição terá de tirar leite de pedra, em sede recursal, para conseguir alguma decisão 
próxima do justo na corte que formou.
Serão julgados por Cármen Lúcia, Zavascki, Rosa Weber, Tóffoli, Fux e outros comprovantes da tese 
sociedade racista e que foge do debate. O Supremo Tribunal Federal é uma grande amostra disso.
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