sexta-feira, 14 de outubro de 2016

OCUPAÇÔES DE ESTUDANTES CHEGAM A 350 ESCOLAS NO PARANÁ


Jornal GGN - Nesta sexta-feira, o número de escolas ocupadas por estudantes no 
Paraná chegou a 350 unidades da rede pública, de acordo com o movimento estudantil.
Nesta semana, o governo Beto Richa (PSDB) entrou com um pedido de reintegração de
posse das escolas, sendo que o governador havia dito que não tomaria medidas legais
antes de dialogar com os alunos.
Fabiana Campos,  superintendente da Secretaria da Educação, garante que a polícia não
entrará nas escolas. “Já me comprometi pessoalmente que não haverá uso da força
policial”.
Os jovens protestam contra a PEC 241, a medida provisória da reforma do Ensino Médio 
e os projetos da Escola Sem Partido.
Leia mais abaixo:
Do Blog do Esmael Morais
Vinte e quatro horas após o governador Beto Richa (PSDB) declarar guerra aos
estudantes, aumentou substancialmente o número de escolas ocupadas por eles no
Paraná. Agora já somam 350 unidades da rede pública, segundo a última atualização do
movimento que não vence a velocidade dos acontecimentos.
O tucano despertou a ira dos estudantes ao fingir que negociava, mas, ao mesmo
tempo, solicitava na Justiça a reintegração de posse dos estabelecimentos de ensino.
Antes do embuste do governador, eram 200 as escolas ocupadas.
“Paira sobre os alunos que ocuparam as escolas no Paraná ordem de reintegração de
posse com uso de força policial. Aguardem tragédias”, advertiu nas redes sociais o
deputado Requião Filho (PMDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa.
A superintendente da Secretaria de Estado da Educação (SEED), Fabiana Campos, 
descartou a possibilidade de invasão das escolas pela polícia. “Isso não é verdade. Já me
comprometi pessoalmente que não haverá uso da força policial”.
O próprio governador Beto Richa, ao abrir diálogo com a União Paranaense dos
Estudantes Secundaristas (UPES), havia jurado não pedir a reintegração das escolas
ocupados. No entanto, o tucano não cumpriu a palavra e conseguiu 13 mandados de
reintegração em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
O descumprimento do acordo pelo governador do PSDB levou a presidente da União
Brasileira dos Estudantes, Camila Lanes, a dizer umas duras verdades a Richa: “você
rouba da construção das escolas para pagar sua campanha eleitoral”, atacou em vídeo.
Ao contrário do tucano, a líder estudantil cumpriu como o que prometera ontem de “a
cada escola reintegrada, duas [novas] serão ocupadas”.
A realidade é de terrorismo estatal no chão da escola principalmente nas regiões mais
longínquas da capital. Por exemplo, no município de Santo Antônio do Sudoeste, o
governo usa de estrutura e influência para pressionar a comunidade e os alunos a
desocuparem o Colégio Estadual Humberto de Campos. Além desse, na cidade, os
estudantes ocupam o Colégio Estadual Antônio Shidel. O movimento tem a advogada
Andrea Bandeira representando-o voluntariamente.
A expectativa que até segunda-feira, dia 17, quando inicia a greve por tempo 
indeterminado dos educadores, todas as 2,1 mil escolas da rede pública do estado
estejam ocupadas no Paraná.
Resumo da ópera: Beto Richa perdeu o controle da situação, que é de ingovernabilidade; 
só há duas alternativas possíveis ou renúncia ou impeachment.
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