sábado, 15 de outubro de 2016

MONIZ BANDEIRA: ASCENSÃO DE TEMER É FRUTO DE MEXIDA DOS EUA


Brasileiro radicado na Alemanha Moniz Bandeira, que está lançando o livro A Desordem 
Mundial, afirma que a derrubada da residente Dila Rousseff e a ascensão de Michel Temer ao 
poder é fruto de uma "mexida no xadrez internacional" pelo governo de Barack Obama; 
"Estados Unidos já perderam a guerra na Síria e na Ucrânia. Por isso, se metem agora a 
derrubar os governos progressistas do Brasil, Argentina e Venezuela", diz Bandeira; segundo 
ele, "o golpe começou com as manifestações de 2013, promovidas pelas ONGs financiadas pelas 
Fundações George Soros, NED, USAID"; confira entrevista de Moniz Bandeira ao jornalista 
FC Leite Filho.

Do Café na Política - Em entrevista ao Café na Política, o politólogo Moniz Bandeira, que vem de 
lançar o livro A Desordem Mundial, pela Civilização Brasileira, conclui que os Estados Unidos já 
perderam a guerra na Síria e na Ucrânia. Por isso, se metem agora a derrubar os governos 
progressistas do Brasil, Argentina e Venezuela.
Esta que também é a conclusão, ao longo de sua obra de 20 livros, todas interligadas, inclusive da 
penúltima, A Segunda Guerra Fria, que prevê a ascensão da Rússia. Em seu presidente, Vladimir 
Putin, o autor vê um player determinante, particularmente porque, como diz, exerce a diplomacia, 
coisa que não encontra entre os norteamericanos, mais voltados para impor o seu poderio:
"A desordem mundial" – explica – "continua na Síria, na Ucrânia, Oriente Médio e Eurásia. Os 
Estados Unidos estão entalados e virtualmente perderam a batalha, tanto na Ucrânia quanta na Síria. 
O Bashar Assad não cai porque a Rússia não deixa e o Putin não vai devolver nem a Crimeia, nem 
Lugansk, nem Donetsk".
Sobre o regime confiado a Michel Temer, no Brasil, Moniz diz ser produto de uma mexida do xadrez 
internacional, pelos EUA, que, "sangrando na Síria" e perdendo respaldo na Europa, inclusive da 
Alemanha, inclinou-se para tomar de volta os países chaves da América Latina.
Eles não permitiam a aproximação do Brasil com a Rússia e a China, através do BRICS, enquanto o 
capital financeiro estava insatisfeito com as políticas independentes da Argentina e da Venezuela. 
"No Brasil", diz Moniz, nesta entrevista a FC Leite Filho, "o golpe começou com as manifestações 
de 2013, promovidas pelas ONGs financiadas pelas Fundações George Soros, NED, USAID".
Na Argentina, houve a vitória eleitoral, em 2015, patrocinada pelo grande capital, e, na Venezuela, se 
tenta a derrubada do presidente Nicolás Maduro pelo fomento do caos econômico.
Por fim, Moniz Bandeira critica a falta de gerenciamento dos governos populares , tanto por parte do 
PT, no Brasil, como dos Kirchner, na Argentina, quanto de Chávez e Maduro, na Venezuela. Este 
inconveniente teria facilitado a ação golpista.

Assista à entrevista de Moniz Bandeira:

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