Três dias antes da prisão do ex-ministro Antonio Palocci, o ministro da Justiça, Alexandre de
Moraes, se reuniu com a cúpula da Polícia Federal em São Paulo. Em encontro registrado na agenda
do ministro, ele esteve na sexta-feira à tarde com o superintendente da PF paulista, delegado Disney
Rosseti, na sede da corporação, e com outros dirigentes da instituição.
Segundo notícia publicada na intranet da própria Superintendência da PF paulista, o encontro foi
uma “reunião de trabalho”, na qual Moraes foi recebido primeiro na sala de Rosseti e depois se
reuniu com outros delegados. Rosseti foi empossado chefe da PF de São Paulo em 2015 e, conforme
apurou a reportagem, estaria pleiteando o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
Medidas. A oposição decidiu apelar a uma série de medidas contra o ministro da Justiça, sob o
argumento de que ele teria informações privilegiadas sobre a 35ª fase da operação Lava Jato.
Em conjunto com a liderança do partido na Câmara, o PT do Senado vai apresentar uma
Em conjunto com a liderança do partido na Câmara, o PT do Senado vai apresentar uma
representação ao Ministério Público e outra à Comissão de Ética da Presidência da República. Em
ambos os documentos o argumento é que houve “violação do sigilo funcional”, conforme explicou a
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
“Ao saber de uma informação sigilosa e ainda divulgá-la, o ministro da Justiça incorre tanto em
“Ao saber de uma informação sigilosa e ainda divulgá-la, o ministro da Justiça incorre tanto em
artigo do Código Penal, como na Lei de Improbidade Administrativa. Estamos pedindo a suspensão
do exercício das funções. Avaliamos que ele não pode continuar”, afirma Gleisi. “Queremos saber
quais as providências serão tomadas em relação a isso”, completou Gleisi.
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