quinta-feira, 22 de setembro de 2016

ACUADO E PRESSIONADO, MORO TEM QUE REVOGAR A PRISÃO DE GUIDO MANTEGA


“As liberdades públicas e individuais estão sequestradas no Brasil e o cativeiro delas é no 
estado do Paraná, em Curitiba”, disse o advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-
ministro Guido Mantega; Mantega foi preso no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, 
no início da manhã. Ele acompanhava a esposa, que tem câncer e estava sendo anestesiada 
para passar por uma cirurgia; diante da repercussão negativa de sua decisão, o juiz 
Sergio Moro, que havia mandado prender, mandou soltá-lo no início da tarde.



POR FERNANDO BRITO

No post anterior, disse que monstros era pouco para definir aqueles que decidiram fazer a prisão de Guido Mantega no Hospital Sírio-Libanês, quando acompanhava sua mulher numa cirurgia para tentar livra-la de um câncer.
Disse e posso provar.
A ordem de Moro foi assinada – olhem acima – na manhã de 16 de agosto passado e para a expedição dos mandados faltava apenas a indicação dos endereços, o que, claro, é coisa mais do que sabida depois do imenso vasculhamento da vida do ex-ministro e dos outros acusados.
Portanto, um mês e uma semana para darem o endereço de algo tão urgente que merece prisão imediata?
Por acaso, só por acaso, no dia da cirurgia de câncer da sua mulher?
Tão vergonhoso, tão monstruoso que até Sérgio Moro teve de voltar atrás e revogar a prisão de Mantega
” Procedo de ofício, pela urgência, mas ciente de essa provavelmente seria também a posição do MPF e da autoridade policial. Assim, revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega, sem prejuízo das demais medidas e a avaliação de medidas futuras”
Uai, Dr. Moro, se todos pensam assim, quem é que decidiu invadir o hospital para fazer a prisão?
O Japonês da tornozeleira?
Ainda existe vergonha e humanidade neste país em quantidade suficiente para permitir reconhecer monstros.
Nunca, como agora, a “República de Curitiba” vai se revelando como o que é: um antro de tiranetes, ávidos por espalhafatos.
"Sem embargo da gravidade dos fatos em apuração, noticiado que a prisão temporária foi efetivada na data de hoje quando o ex-Ministro acompanhava o cônjuge acometido de doença grave em cirurgia. Tal fato era desconhecido da autoridade policial, MPF e deste Juízo. Segundo informações colhidas pela autoridade policial, o ato foi praticado com toda a discrição, sem ingresso interno no Hospital. Não obstante, considerando os fatos de que as buscas nos endereços dos investigados já se iniciaram e que o ex-Ministro acompanhava o cônjuge no hospital e, se liberado, deve assim continuar, reputo, no momento, esvaziados os riscos de interferência da colheita das provas nesse momento", disse o juiz Sergio Moro, cuja decisão de prender Guido Mantega num hospital foi amplamente criticada nesta quinta-feira.
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