quinta-feira, 8 de setembro de 2016

FUNARO: GEDDEL TEM BOCA DE JACARÉ PARA RECEBER


O empresário Lúcio Funaro, preso na Lava Jato como suposto operador de Eduardo Cunha 
(PMDB-RJ) e do próprio PMDB, fez uma revelação constrangedora, numa mensagem trocada 
com Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal; "Ele é boca de jacaré para 
receber e carneirinho para trabalhar e ainda reclamão", escreveu Funaro, referindo-se a 
Geddel Vieira Lima, um dos ministros mais influentes de Michel Temer, que cobrava a 
liberação de R$ 330 milhões para o grupo J. Malucceli; Funaro ainda chamou Geddel de 
"porco" e disse que poderia "dar porrada" nele; o ministro, que pode ser o próximo a cair, 
afirmou não ter qualquer influência na liberação de recursos do FI-FGTS.

247 – O empresário Lúcio Funaro, preso na Lava Jato como suposto operador de Eduardo Cunha 
(PMDB-RJ) e do próprio PMDB, fez uma revelação constrangedora, numa mensagem trocada com 
Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, segundo aponta reportagem do 
jornalista Filipe Coutinho (leia aqui).
"Ele é boca de jacaré para receber e carneirinho para trabalhar e ainda reclamão", escreveu Funaro, 
referindo-se a Geddel Vieira Lima, um dos ministros mais influentes de Michel Temer, que cobrava a 
liberação de R$ 330 milhões para o grupo J. Malucceli.
A frase foi incluída num relatório da Polícia Federal sobre o caso. Segundo a PF, Geddel tinha 
"preocupação exacerbada" sobre um aporte do banco para o grupo J.Malucelli, no valor de R$ 30,6 
milhões, o primeiro de um total de R$ 330 milhões.
Funaro ainda chamou Geddel de "porco" e disse que poderia "dar porrada" nele, se as cobranças 
prosseguissem. Segura essa m... Ele quer f... tudo que não participa. É um porco", escreveu Funaro a 
Cleto. No relatório, a PF não esclarece o contexto da conversa sobre as cobranças.
A conversa entre Cleto e Funaro gira em torno de operação financeira da Caixa em favor da empresa 
J.Malucelli Energia. Trata-se de um investimento do FI-FGTS no valor de R$ 330 milhões. O 
primeiro depósito aconteceu em 2012, no valor de R$ 30,6 milhões."Ele está louco atrás dessa 
operação da Malucelli. Já me cobrou umas 30 vezes", diz Cleto.
O ministro, que chegou a ser vice-presidente da Caixa por indicação de Michel Temer, pode ser o 
próximo a cair, depois de Romero Jucá, Fabiano Silveira e Henrique Alves. Na reportagem, ele 
afirmou não ter qualquer influência na liberação de recursos do FI-FGTS. "Caso típico de utilização 
do nome. Preocupação zero", afirmou. O advogado de Lúcio Funaro, Daniel Gerber, disse que as 
conversas "não representam ilícitos e a defesa provará a inocência nos autos".
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