Jornal GGN - Tentando chegar cada vez mais próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para reiterar a teoria do domínio do fato que sustenta a denúncia da Lava Jato, a 35ª fase da Operação Lava Jato que já prendeu o ex-ministro Antonio Palocci também quer encurralar o Instituto Lula. A tese, agora, é que os supostos subornos pagos pela Odebrecht também teriam envolvido a tentativa de aquisição de um terreno para a nova sede do Instituto Lula.
Palocci, neste caso, seria a peça-chave para conectar a teoria dos procuradores da República. Em coletiva de imprensa, informaram que o ex-ministro teria "participado efetivamente" do processo de compra deste terreno. Isso com base em uma planilha - não aquela primeira superplanilha que traz o nome de 229 políticos de 24 partidos e não inclui, para a surpresa dos investigadores, o nome de Lula ou de Dilma Rousseff.
Ao contrário da apreendida pela Polícia Federal em março deste ano, que foi inicialmente posta em sigilo por Sergio Moro e depois enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), sem até agora nenhuma denúncia, prisões ou medidas judiciais, a planilha da vez levada em consideração registra pagamentos supostamente feitos ao ex-ministro Palocci, no montante de R$ 12 milhões, para adquirir um terreno para a construção de uma nova sede do Instituto Lula.
Os procuradores também acusaram o ex-ministro de ter participado de uma reunião com Marcelo Odebrecht e Roberto Teixeira, além de ter recebido, por meio de seu assessor que também foi preso, Branislav Kontic, documentos encaminhados pelo presidente da empreiteira relacionados à compra do terreno.
O MPF disse que a PF encontrou a minuta do contrato de aquisição do terreno no sítio de Atibaia, que seria usado pelo ex-presidente Lula. O MPF quis, ainda, nesta fase apontar o advogado do ex-presidente Lula, Roberto Teixeira, como envolvido em esquema de corrupção. Isso porque Teixeira teria atuado como advogado na compra do terreno em nome do pecuarista José Carlos Bumlai. O empresário, contudo, teria se recusado a figurar como comprador do imóvel e a aquisição teria se dado em favor de pessoas vinculadas à Odebrecht.
Em resposta, o Instituto Lula afirmou que "não tem e nunca teve outra sede ou terreno". "Mais uma vez, querem impingir ao ex-presidente Lula uma acusação sem materialidade, um suposto favorecimento que nunca existiu, inventando uma sede que o Instituto Lula nunca teve, com o claro objetivo de difamar sua imagem", disse a entidade em nota oficial.
"Desde que foi criado, em 2011, o Instituto Lula funciona em um sobrado adquirido em 1991 pelo antigo Instituto de Pesquisas do Trabalhador. No mesmo endereço funcionou, por mais de 15 anos, o Instituto Cidadania. Originalmente, era uma imóvel residencial, semelhante a tantos outros no bairro Ipiranga, zona sul de São Paulo. (...) Ao longo desses 20 anos, o endereço e o compromisso do Instituto Lula com a democracia e a inclusão social permanecem os mesmos", completou.
NOTA À IMPRENSA
NOTA À IMPRENSA
São Paulo, 26 de setembro de 2016,
Desde que foi criado, em 2011, o Instituto Lula funciona em um sobrado adquirido em 1991 pelo antigo Instituto de Pesquisas do Trabalhador. No mesmo endereço funcionou, por mais de 15 anos, o Instituto Cidadania. Originalmente, era uma imóvel residencial, semelhante a tantos outros no bairro Ipiranga, zona sul de São Paulo.
O Instituto Lula não tem, nunca teve outra sede ou terreno.
Mais uma vez, querem impingir ao ex-presidente Lula uma acusação sem materialidade, um suposto favorecimento que nunca existiu, inventando uma sede que o Instituto Lula nunca teve, com o claro objetivo de difamar sua imagem.
Ao longo desses 20 anos, o endereço e o compromisso do Instituto Lula com a democracia e a inclusão social permanecem os mesmos.
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