quarta-feira, 21 de setembro de 2016

CHEFE DOS BATEDORES DE CARTEIRA DO GOVERNO TEMER, GEDDEL ASSUME ANISTIA: "CAIXA DOIS NÃO É CRIME"


Articulador político de Michel Temer, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira 
Lima, assume a articulação para anistiar todos os políticos que fizeram caixa dois no passado e 
serão atingidos por delações de empresas como a OAS e a Odebrecht; ele disse que é 
"pessoalmente" a favor da medida; para Geddel, se o Ministério Público propôs um projeto 
para criminalizar o caixa 2, isso significa que esse tipo de prática não é considerado crime hoje 
em dia; ele argumenta que uma coisa é o político ser penalizado com base na legislação 
eleitoral, e outra é o que vem acontecendo no âmbito da Operação Lava Jato, em que as 
condenações têm sido por corrupção e lavagem de dinheiro

Bahia 247 - Articulador político de Michel Temer, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel 
Vieira Lima, afirmou nesta terça-feira (20) que o Planalto não foi consultado sobre a tentativa de 
votar a anistia à prática do caixa 2, mas disse que é "pessoalmente" a favor da medida.
Para Geddel, se o Ministério Público Federal propôs um projeto para criminalizar o caixa 2, isso 
significa que esse tipo de prática não é considerado crime hoje em dia. Ele argumenta que uma coisa 
é o político ser penalizado com base na legislação eleitoral, e outra é o que vem acontecendo no 
âmbito da Operação Lava Jato, em que as condenações têm sido por corrupção e lavagem de 
dinheiro.
Geddel diz que "parece natural" que se houver uma nova regra tipificando o crime de caixa 2, quem 
praticou isso no passado não poderá ser penalizado. "O Congresso tem que fazer essa discussão sem 
medo".
Na segunda-feira, líderes de praticamente todos os grandes partidos fizeram na surdina a tentativa 
articular a votação de uma proposta com esse fim. Foi colocado em pauta um projeto de 2007 sobre 
mudanças em regras eleitorais e uma emenda seria proposta para que houvesse anistia aos políticos 
que praticaram caixa 2 no passado.
Ninguém assumiu a autoria da proposta, mas as articulações da iniciativa teriam contado com o aval 
do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ocupa a presidência da República 
interinamente, enquanto Michel Temer está nos Estados Unidos.
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