quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A BRIGA ENTRE PMDB e PSDB SE RESUME EM COMO ROUBAR A NAÇÂO E MANTER LULA FORA DO PÁREO EM 2018; DE RESTO, ESTÃO JUNTOS NO GOLPE



O Brasil dos brutamontes

por Wanderley Guilherme dos Santos, no Segunda Opinião

Há quem resvale à beira do ridículo, ou do adesismo, angustiado com o inexistente dilema de apoiar 
o governo Temer contra o que seria um golpe ainda mais reacionário do PSDB, de Aécio Neves e de 
Fernando Henrique Cardoso. Estava demorando aparecer o pretexto para a velha cantilena de ser 
preciso combater a reação por dentro. Em geral, o combate se dá por dentro de bons hotéis, bons 
empregos e bons salários.
Trapaça entre PMDB, PSDB e assemelhados é assunto de estrito interesse dos salteadores, que só 
discordam sobre qual o melhor caminho para espoliar economicamente os assalariados e manter os 
líderes populares indefinidamente afastados da competição pelo governo. Imaginar que os arrufos 
entre eles expressam pudores democráticos ou é autoengano ou tentativa de empulhar a boa fé dos 
democratas. Judas! Judas! Judas!
O Brasil caiu na clandestinidade e a disputa por poder não tem limites, nem constitucionais, nem de 
protocolos de acordos, nem de projetos administrativos. Os bocados de poder são apropriados e 
mantidos aos berros, enquanto outro berrante não prevaleça sobre os bezerros. O Ministro da Justiça 
distribui filipeta de candidato a vereador, é desautorizado por delegados e fica por isso mesmo; 
procuradores dão espetáculo de ignorância, afetação e desonestidade intelectual, recebendo aplauso 
de juízes, estes, defensores da tese fascista de que é democrático normalizar a exceção. Promovem 
desnecessários espetáculos de prisões preventivas, algumas talvez justas, para acobertar 
arbitrariedades sem conta convertidas em técnica de chantagem. Ministros do Supremo agridem 
colegas pelos jornais, algo que só faziam durante as sessões da Corte. Tudo diariamente registrado 
nos jornais; não há pudor nem temor de reação. Ninguém da direita reage a ninguém da direita, ainda 
não entenderam?
Os brutamontes atuais, no Executivo, Legislativo e Judiciário só entendem a linguagem da 
brutalidade, o resto é lantejoula. Os ativistas da reação precisam sentir medo. Tergiversar é 
subterfúgio de colaboradores.
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